14 de March de 2023

A transformação da vida por meio da sincera doação

Membro da BSGI desde a infância, Cristina é hoje uma profissional realizada e muito de bem com a vida que construiu

Casal Ueda: companheirismo e determinação componentes essenciais para a conquista da plena felicidade na vida

“Eu falo aos jovens hoje: ‘nunca fui uma jovem budista muito dedicada. Mas tive o apoio certo para nunca desistir. Por isso, jamais se entreguem!”, iniciou sua fala, a matemática e ex profissional de finanças, Cristina Nakamura Ueda. Ela e o marido Marcos são um exemplo de casal que, apaixonados pelo ideal de paz, cultura e educação da Soka Gakkai, vem dedicando suas vidas para edificarem um nobre caminho humanístico em que todos possam ser igualmente felizes.


“Uma vez um líder me perguntou na lata: ‘por que você não pratica o budismo corretamente?’, ao que eu respondi: ‘porque eu não preciso de religião’. Ele me olhou nos olhos e, muito sério me falou: ‘você é egoísta!’. Aquelas palavras me chocaram!”, contou Cristina. Na época ela era uma jovem estudante, que foi de Ourinhos para Bauru, ambas as cidades no interior de São Paulo, cursar a graduação em Matemática. Seus pais se converteram ao budismo quando ela tinha 4 anos e se dedicaram incansavelmente para dar a ela um futuro.


Aquele líder, com a benevolência dos veteranos – na BSGI e em toda a Soka Gakkai do mundo, o veterano cuida e protege os jovens – foi rigoroso pois tentava despertar a jovem para a verdade da vida. “Ele me abriu os olhos”, confessou Cristina. Com bondade e grande sabedoria, o homem foi discorrendo sobre a generosidade de seus pais ao longo de sua vida, dedicando-se incansavelmente  para que ela usufruísse de toda boa sorte possível. Agora, ambos estão envelhecendo e caberia a ela retribuir, repondo a “poupança” de boa sorte que os pais foram depositando em sua “conta” desde a infância.


“Me senti envergonhada. Naquele momento decidi que iria demonstrar minha gratidão aos meus queridos pais”, ressaltou. E assim, a partir daquele dia, iniciou-se a trajetória de Cristina rumo à estabilidade que usufrui na atualidade.


A virada


Como foi orientada, buscou uma líder do Núcleo Feminino Jovem em quem se espelhar. E essa moça era um exemplo de competência e dedicação na atividade do Kofu (contribuição financeira voluntária realizada uma vez a cada trimestre/etapa). Ao ouvir sobre a quantia que ela realizava todas as etapas, decidiu que um dia também faria quantia equivalente.


Trabalhando em um banco, não viu muitas perspectivas de que isso um dia acontecesse. Foi então que a jovem Cristina recebeu a notícia de que fora selecionada para a grande oportunidade de participar do grupo de treinamento do Núcleo Jovem, no Japão. Embora não tivesse a quantia necessária, como boa matemática, pensou numa estratégia: pagaria as passagens aéreas em todas as parcelas possíveis e venderia sua linha telefônica (à época valia um bom dinheiro) para obter a quantia necessária para as demais despesas.


“Estava tudo bem claro na minha cabeça, mas numa das reuniões em São Paulo, os líderes anunciaram que o grupo todo pagaria a viagem à vista para garantir um bom desconto”, contou. O pânico surgiu de imediato, seguido de uma fúria insana dentro dela. “Eu acabei desabafando com aquele líder que me abrira os olhos e ele, de novo, muito bondoso, fez com que eu percebesse a oportunidade”, detalhou. Disse o homem em seu parco português: “Cristina não tem dinheiro, mas trabalha em banco que tem muito dinheiro. Pobre de Cristina que não tem boa sorte. O que Cristina deve fazer? Desistir?”. Novamente as sábias palavras tocaram seu coração.


A jovem bancária orou e pensou. E veio-lhe a ideia de vender seguros um produto que seu banco oferecia. Com a dedicação e a oração sinceras, conseguiu a quantia para pagar a viagem à vista e nem precisou vender seu único bem, a linha telefônica. Essa comprovação da eficácia da prática budista lhe deu a confiança e, mais do que isso, o sentimento de gratidão e desejo de retribuir à Soka Gakkai do Brasil, por tudo o que conquistou, por isso lançou um grandioso objetivo para o Kofu. O que a motivou também foi uma orientação que ouviu de um grande veterano da BSGI: “a qualidade da contribuição é a causa da boa sorte, não a quantia doada”. Cristina e Marcos decidiram então realizar seu kofu com qualidade. E esta qualidade não e referia ao valor monetário, mas sim no esforço e planejamento, para realizarem esta contribuição. E dali em diante foi colecionando vitórias consecutivas.


O companheiro de vida


Como quando sentiu que devia buscar um companheiro. Contava já com seus 30 e poucos anos e estabilidade financeira. Mas o desejo de compartilhar a vida com alguém batia fundo. Era algo que ficara em segundo plano em sua escalada rumo à realização profissional e segurança financeira.


E, novamente, a Soka Gakkai lhe valeu, pois conheceu seu futuro marido Marcos em uma reunião da BSGI local. Os encontros se sucederam e, um dia, ao abrir a porta de casa para a entrada dele, pensou: “vou me casar com esse homem!”. As duas únicas características que buscou: que fosse uma pessoa de caráter e que tivesse a mesma paixão pelos ideais da Soka Gakkai. Marcos possuía estes dois pré-requisitos. Assim, alguns anos depois, vencidas as inseguranças e incertezas iniciais, casaram-se e estão juntos até hoje, usufruindo de muita cumplicidade e companheirismo.


Cristina é enfática em dizer o quanto ambos se mimetizam. Se ajudam e se completam. Juntos enfrentaram com galhardia o desemprego de Marcos, seguida de sua ascensão rápida, chegando a se tornar diretor acadêmico de uma faculdade local; passando pela especialidade em bonsai[i], um talento que o levou à docência da qual ele hoje é aposentado. “Só temos gratidão, pois desfrutamos de saúde física, mental e financeira. Podemos desfrutar da nossa terceira idade com dignidade e lutando pelo  ideal em que acreditamos!”, finalizou Cristina.


 


 


 






[i] A tradução literal da palavra Bonsai é “árvore em vaso”. A árvore de Bonsai é uma réplica do espécime encontrado na natureza, ou seja: é uma árvore em miniatura. Com ela vem todo o significado intrínseco das árvores, que representa a conexão dos seres com todas as formas vivas. Na tradição celta as árvores eram vistos como símbolos de proteção e vitalidade.



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