RM Pinheiros aposta em espetáculo cultural para propagar a Proposta de Paz 2017
A banda masculina de jovens Taiyo tocou duas músicas e entre elas ‘Oh jovem de juramento’
Cena da peça "A Solidariedade Mundial dos Jovens: O Alvorecer de uma Nova Era de Esperança"
Público presente ao evento emocionou-se e inspirou-se
Coral Filarmônico Ikeda do Brasil fez o encerramento
Colaboração Decom*
O último domingo do mês de março foi marcado pela Palestra Sobre Paz e Humanismo idealizada e promovida pela RM Pinheiros que aconteceu no Theatro Net, localizado no shopping Vila Olímpia, na capital paulista. A organização envolveu aproximadamente 230 voluntários entre os grupos de apresentação e bastidor (Cerejeira, Sokahan, transporte, alimentação, apoio e comunicação) todos com o firme propósito de apresentar os ideais humanistas da BSGI. O público compareceu em peso, cerca de 600 participantes, entre convidados e associados que prestigiaram o evento.
Responsável pela RM Pinheiros, Paulo Mathera conta como nasceu a ideia da atividade A Solidariedade Mundial dos Jovens: O Alvorecer de uma Nova Era de Esperança no teatro: “A ideia surgiu do desejo de abrirmos a Soka Gakkai, especialmente a Região de Pinheiros para a sociedade, no sentido de apresentar as propostas de atuação na sociedade, proposta de paz, pacifismo, humanismo e ao mesmo tempo trazer as pessoas para a atmosfera da Soka Gakkai trabalhando principalmente com a dignidade da vida”. A semente da peça foi a leitura da Proposta de Paz enviada às Nações Unidas por ocasião do 42º aniversário da SGI em janeiro de 2017. Da proposta foi extraída sua essência e dela foi criado um roteiro de teatro que serviu como fio condutor para integrar apresentações de dança e música, pensados especialmente para a sociedade local, para os associados e seus familiares, para que todos pudessem visualizar e também fazer parte desse grande movimento em prol da Cultura de Paz”.
O público teve a oportunidade de assistir a apresentação das bandas marciais (feminina e masculina) Nova Era e Taiyo; o grupo feminino de dança Taiga e o Coral Filarmônico Ikeda do Brasil (CFIB). Cada uma das apresentações foi inserida na narrativa da peça de forma elegante e fluida apresentando de maneira significativa os conceitos de igualdade, esperança e determinação, com a leveza e o encanto que só a arte pode conferir a qualquer mensagem.
Enquanto todas as equipes do evento estavam em contagem regressiva para receber os convidados que já se organizavam em filas na porta do teatro, a expectativa da audiência era palpável. Sueli Sampaio, convidada do associado da região de Pinheiros Rodrigo Sampaio, conta que gosta das atividades promovidas pela BSGI e é simpatizante dos ideais da organização. Recém ingressa na BSGI, Thalyta dos Santos Novais, de 21 anos aproveitou a oportunidade de levar o namorado Elvis Castelano Barbosa, 24, para conhecer mais sobre os conceitos budistas.
otivado por conhecer novos conhecimentos e experiências, Elvis se mostra aberto e simpático às propostas da filosofia humanística do budismo de Nichiren, base ideológica da BSGI. A poucos minutos do início do evento o casal Marcus e Cristiana Rocca, associados há pouco mais de três anos, conta sobre o esforço e dedicação da comunidade e compartilha como foi apresentado ao budismo Nichiren da BSGI pela psicóloga Luciana Monteiro em diversos diálogos e convites para as atividades do Núcleo de Bairro: “ele [Marcus] foi me levar em uma reunião (...) entrou junto e acabou que ele começou a estudar”. Marcus complementa a fala da esposa “sinto um espírito de família, sorrisos e abraços acolhedores, que vêm do coração”. Sobre as apresentações artísticas “é a melhor forma de conquistar a população jovem” acrescenta o casal.
Com direção de Natália Machiaveli e roteiro de Guilherme Temponi, os atores Vivian Nepomuceno, Tiago Soares Canté, Jean-Paul Sardá Dubois, Lucélia Machiaveli e Júlia Madureira contaram a história de uma refugiada que acaba de chegar a uma cidade repleta de desafios. A palavra desafio, por vezes associada a dificuldades ou situações ruins, significa oportunidade para Beatriz (vivida na peça por Vivian Nepomuceno) e com forte determinação influencia positivamente os seus companheiros de jornada, tudo isso com uma narrativa bem-humorada e rica em conceitos humanistas. O espetáculo foi fruto do engajamento de todos e houve a preocupação em encontrar o tom da história, “nas apresentações tem que encontrar o equilíbrio entre o didático e o teatral” analisa Natália.
Os demais grupos convidados para compor o espetáculo, imbuídos do espírito de cooperação e harmonia, encantaram o público com música e dança. A banda masculina de jovens Taiyo tocou duas músicas e entre elas ‘Oh jovem de juramento’, reafirmando o objetivo de transmitir esperança e coragem por meio da música. Leonardo Yamagushi toca tuba sinfônica e é um experiente membro da banda. Ele comentou que a escolha de uma das músicas da trilha sonora de uma conhecida franquia de filmes se deve à relevância desta junto ao público jovem e é uma música “dinâmica e totalmente diferente” e complementa que foi escolhida uma música da sociedade e uma da Soka Gakkai. O grupo de dança Taiga, ao som da música colombiana ‘Mi Gente’, apresentou uma coreografia intensa e alegre, animando a audiência. Para esta apresentação o grupo contou com oito integrantes e todas estão acostumadas com palcos do porte do Theatro Net. A entrada da banda feminina Nova Era, se apresentou com oito integrantes, também tocando duas músicas e, segundo Thais Kawabe, a sugestão de incluir ‘Só quero um xodó’ do compositor Dominguinhos foi baseada na popularidade dessa composição na sociedade. Já ‘Novo Amanhecer’ foi escolhida considerando os “instrumentos e ser uma música melódica”. Responsável pela última apresentação de grupos dentro da peça, o Coral Filarmônico Ikeda do Brasil cantou ‘Feitiço da Vila’ e ‘Set down servant’ e além de serem ovacionados, levaram a plateia para o auge do fascínio quando bolhas de sabão caíram suavemente. A experiência sensorial perfeita para uma manhã repleta de emoções e ensinamentos. Para André Yamagami do CFIB enfatiza a importância de participar da atividade em um local excelente e celebra o ótimo resultado da apresentação, a receptividade do público e finaliza “esse formato de atividade pode ser um cartão de visitas muito interessante para a sociedade, despertar a curiosidade para o budismo Nichiren da BSGI”.
A atividade seguiu com o emocionante relato do membro Giuliano Tierno dividindo com todos os presentes seus trinta anos de prática budista, com luta, desafios, superação e acima de tudo muita vitória contando com o tripé de fé, prática e estudo. “A luta pela dignidade da vida, entoar o Nam-Myoho-Renge-Kyo de maneira contínua diariamente e estar ombro a ombro com cada pessoa da sociedade, sendo ou não budista, são minhas maiores alegrias” e completa convidando a todos para que possam “experimentar com a própria vida a alegria pelo respeito à diversidade e a coexistência das diversas formas de existência que tem nos direitos humanos e na dignidade da vida seus pilares comuns”. Tierno ainda compartilha um pensamento do presidente da SGI, dr. Daisaku Ikeda:“A causa da desordem social e das tragédias encontra-se no fato das pessoas serem dominadas por uma forma de pensamento que ignora a existência do ser humano, o outro, o que deveria ser na verdade o seu ponto fundamental. A chave para estabelecer a paz e a prosperidade em nosso mundo encontra-se no coração das pessoas que oram pelo bem-estar da sociedade e de sua autonomia como ser humano alcançada pela sua revolução humana, o sentimento que anseia pela tranquilidade social e bem-estar das pessoas motiva naturalmente a consciência da necessidade de se atuar concretamente no seio da sociedade”. O relato reafirmou e complementou o que fora apresentado até aquele o momento.
Para as palavras de agradecimento Paulo Mathera falou dos jovens de idade e jovens de coração, informando que a atividade cultural foi idealizada e executada pelo Núcleo de Jovens e contou com o apoio de toda Região de Pinheiros, que tem aproximadamente mil associados e sede na Avenida Pompéia. Mathera fez um agradecimento especial a Ronaldo Rissetto, representante da Secretaria de Direitos Humanos; Nicolas Wahba, fundador do Ser em Cena; Luís Maluf, diretor executivo da Editora Caras; Frederico Reder, CEO da Brain+ administradora do Theatro Net; Zanza Capelari, responsável pelo Theatro Net Vila Olímpia e Mirivani Cláudio, gerente de eventos da Brain+.
Decisivo na realização do evento no teatro, o associado Luís Maluf reflete sobre a importância de eventos como este para a propagação da filosofia humanística da BSGI “[o evento] conseguiu contar um pouco do humanismo de uma forma diferente” e pondera “repetir a peça mais vezes” com o intuito de alcançar mais pessoas. Em consonância com o desejo de levar o conhecimento de forma artística para as pessoas, Paulo Mathera adianta que “esse é o primeiro de muitos outros eventos que vamos fazer dando continuidade à proposta de abrir o coração das pessoas e plantar a esperança e mudar a nossa realidade”.
Na saída, todos puderam ver a listra dos cem livros essenciais direcionados pelo presidente Daisaku Ikeda e receberam uma lembrança do evento a flor de origami feita pelos organizadores.
Ficha técnica Peça
Direção : Natália Machiaveli
Roteirista : Guilherme Temponi
Atores:
Beatriz - Vivian Nepomuceno; Enzo - Tiago Soares Canté; Gael - Jean-Paul Sardá Dubois; Hannah Arendt - Lucélia Machiaveli; Valentina - Júlia Madureira Abs
Cenário/figurino: Evelyn Eduardo
Apresentadora: Sthefany Pessoa Cavalcanti Baía
Narrador: Rodrigo Marquezani Marques
Apoio:
Alexandre Simas, Bruno Sciuto, Edson Cruz José Antonio Nicolau, Luciana Monteiro, Juliana P. Fraga, Paulo Mathera, Vanessa Miyuki de Lima
Crédito fotos : Tarcisio Z. Nogueira e Camila Matuyama
*Departamento de Comunicação
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