Se você tem uma maçã e eu tenho uma maçã e nós trocamos as maçãs, então você e eu ainda teremos uma maçã. Mas se você tem uma ideia e eu tenho uma ideia e nós trocamos essas ideias, então cada um de nós sairá desse encontro com duas ideias.(George Bernard Shaw)
Um encontro de vida-a-vida é o momento mais sublime e sensível, quando HUMANOS seres se juntam para trocar experiências, oferecerem suas energias afins e olharem-se olhos-nos-olhos para se perceberem iguais. O presidente da SGI, dr. Daisaku Ikeda disse em certa ocasião: “Eu me lancei com toda sinceridade na linha de frente da batalha. O que significa atuar na linha de frente? É cuidar de cada companheiro, realizar visitas familiares e dialogar com as pessoas[i]”.
As visitas familiares são a base e a força da Soka Gakkai, desde a sua fundação em 1930. Embora pareçam banais e simples, à primeira vista, ao analisar com cautela, é nelas que ocorrem as principais interações entre integrantes. É onde a magia da solidariedade acontece e como a epígrafe que abre este texto enfatiza, ocorrem as trocas.
Troca de experiência, de conhecimento, de energias, de sentimentos e emoções. São inúmeros os casos em que uma simples visita familiar despertou, uma pessoa que estava prostrada e entregue à doença e/ou à tristeza, para a sua inesgotável potência interior. Embora o objetivo principal seja cultivar a fé de cada um, nesses encontros muitos outros aspectos são despertos e fortalecidos.
Em especial, a natureza de Buda de cada um, que abrange todos os aspectos do ser humano: físicos, intelectuais, cognitivos etc. Ainda segundo o dr. Ikeda:
“As visitas familiares e as orientações individuais são atividades modestas e invisíveis aos olhos de outros, mas são um importante trabalho que visa cultivar as raízes da fé. Os troncos crescem frondosos e os ramos e as folhas tornam-se exuberantes quando as raízes estendem-se profundamente no solo. Da mesma maneira, a fonte de todo o progresso encontra-se no aprimoramento da fé desenvolvida com alegria, esperança e convicção. Para isso, precisamos compartilhar dos problemas de cada companheiro, oferecendo-lhes respostas claras e objetivas para as suas dúvidas[ii]”.
É dessa forma que a liderança constrói uma sólida base com seus membros. É o que distingue uma organização bem sucedida: quando os líderes agem de forma comprometida com o bem estar dos integrantes de seu núcleo de atuação, esforçando-se para promover o bem estar geral. No caso da BSGI, orientando sobre o budismo e incentivando sobre os desafios do dia-a-dia.
Diálogos de vida-a-vida
“A Sra. Deng Yingchao sempre tentava ir ao encontro das pessoas com quem iria falar, ou fazia com que as pessoas chegassem até ela, esforçando-se ao máximo para encontrá-las pessoalmente. Ela insistia na importância de se comunicar e compreender o sentimento uns dos outros[iii]” (Daisaku Ikeda)
O diálogo de vida-a-vida foi a forma como o fundador da Soka Gakkai, o educador Tsunesaburo Makiguchi defendeu a propagação da filosofia humanística do budismo de Nichiren Daisahonin. Sua coragem e a de seu discípulo Josei Toda (que viria a ser o segundo presidente da Soka Gakkai, anos mais tarde), foram cruciais para que o ensino se preservasse ao longo dos sombrios anos da Segunda Guerra Mundial. O dr. Ikeda ressalta que Makiguchi instituiu a ‘revolução da propagação’. Ele adotou o método de dialogar sinceramente com todos que encontrava. Ele ia pessoalmente visitar cada pessoa em sua própria residência. Ele concluiu que essa era a única maneira de propagar o ensino de Daishonin.
E assim vem sendo feito. Todos os dias, milhares de pessoas estão empenhadas nesse diálogo de vida-a-vida, comprometidas em proporcionar o melhor aos seus pares e cientes de que estão, diligentemente, construindo um história nova e feliz a cada novo encontro.