O buda Nichiren Daishonin afirmou: “Não deve haver discriminação entre as (pessoas) que propagam os cinco caracteres do Sutra do Lótus durante os Últimos Dias da Lei". Ele também diz: “Uma mulher que abraça este sutra não excede apenas todas as outras mulheres mas também ultrapassa todos os homens".
Meiry: "sinto imensa gratidão às veteranas"
A força de um coletivo é imensa, fato indiscutível. Mas, a força que um coletivo de mulheres, unidas por um ideal grandioso é incalculável. A Soka Gakkai, desde a sua fundação, é uma organização que prima pela busca da igualdade de gênero, contra todo tipo de discriminação. O termo Empoderamento Feminino para as mulheres Soka, não é somente um conceito abstrato, mas uma consciência coletiva, expressada por ações para fortalecer as mulheres e desenvolver cada integrante, provendo-lhes os meios e os recursos para a obtenção de sua independência por meio de uma revolução interior.
“O segundo presidente Josei Toda costumava dizer que a mulher deve sempre se voltar para dentro, ter um olhar interior que não se concentra nas coisas externas, na aparência pura e simples. Somos todas Budas no presente momento e que moldamos nosso futuro agora, no presente momento”, explica a coordenadora do Núcleo Feminino da BSGI, Meiry Hirano.
Desde que assumiu esta função em 2017, Meiry vem se dedicando a compreender as características de cada um dos muitos grupos de apoio que compõem o Núcleo Feminino. Dedicou um bom tempo de sua agitada agenda a acompanhar cada grupo, conversando e buscando as opiniões das integrantes, ouvindo seus anseios, dificuldades, questionamentos.
É dessa forma que vem agindo para ser não apenas uma coordenadora que infunde planos, mas uma companheira que se faz presente e dedica-se integralmente para o bem estar de cada associada.
Desde 1930 quando o professor Tsunesaburo Makiguchi fundou a Soka Gakkai no Japão, a força dessas mulheres Soka já se fazia sentir devido ao seu caráter único. Pensadores de todos os tempos atribuem a força da mulher ao seu poder de gerar a vida. A natureza, em sua sábia concepção, além de conferir tal dom, dotou a fêmea da espécie de uma força incalculável e que a mulher Soka aplica em suas atividades diárias em prol de toda a família Soka.
E, no Brasil, o reconhecimento de seu empenho, se deu quando da quarta visita do presidente da SGI, dr. Daisaku Ikeda ao Brasil, ele instituiu o dia 27 de fevereiro como o Dia do Núcleo Feminino da BSGI. E, desde então, a data é celebrada anualmente por todas as cerca de 100 mil mulheres Soka brasileiras.
O grande crescimento da BSGI desses quase 70 anos advém em grande parte à laboriosa contribuição dessa parcela significativa de pessoas, em total comunhão com os princípios básicos do Empoderamento Feminino preconizados pela Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres).
Esta Entidade entende que a paz no mundo passa necessariamente por dar poder equânime às mulheres pois são elas as protagonistas nos cuidados e formação de todos os seres humanos.
A ONU ressalta que a prática do empoderamento feminino não deve ser apenas das mulheres, os homens também precisam se certificar de que haja uma ampla igualdade entre o posicionamento e participação de ambos os gêneros na sociedade e suas demais camadas. Sobre isso, o dr. Ikeda enfatizou: “na nossa organização, o avanço da BSGI resulta da força das integrantes do Núcleo Feminino. Isto é um fato comum em todo o mundo. Por esta razão, solicito aos cavalheiros que prezem sinceramente estas integrantes, protegendo, respeitando e dando-lhes voz!”.
Outro ponto apontado pela coordenadora Meiry é o empenho das veteranas que, mesmo fora da linha de frente, mantém-se joviais e resolutas, dispostas a empenhar-se mais e mais todos os dias pela felicidade de cada associado. “Vendo essas veteranas eu sinto imensa gratidão e penso no quanto tenho que me esforçar para honrar essa disposição e generosidade!”, finaliza.
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