30 de April de 2018

“Não permitir que outros experimentem os sofrimentos que nós experimentamos”

O Departamento de Artistas da BSGI (Depart) realizou um evento para discutir os Direitos Humanos sob a ótica da filosofia humanística do budismo Nichiren

Encontro reuniu especialistas no tema como o embaixador Sergio Duarte

Colaboração Decom


Alicerçada na declaração feita pelo presidente Daisaku Ikeda, na proposta de paz enviada à Organização das Nações Unidas, em janeiro deste ano, a BSGI recebeu, do dia 17 de março o ex-embaixador do Brasil e alto representante da Organização das Nações Unidas, Sergio Duarte, para um intenso diálogo, promovido pelo Departamento de Artistas da BSGI. O evento recebeu cerca de 500 pessoas no Centro Cultural da BSGI, no bairro da Liberdade em São Paulo-SP.


Em consonância com o grande movimento de paz orquestrado pela SGI, que visa a proteção da liberdade e da dignidade de todas as pessoas, Sérgio Duarte iniciou sua fala com a declaração: “quando falamos de humanidade falamos de como os seres humanos se relacionam uns com os outros e com a sociedade a nossa volta”. Duarte recorda que a Organização das Nações Unidas foi fundada em 1945 com o objetivo de abolir as armas nucleares, com vistas a manutenção da paz e da segurança nacional. Em contexto, ilustra o avanço obtido com a adoção do tratado que proíbe o uso de armas nucleares e bacteriológicas por 122 países, em 07 de julho de 2017.


Dado o panorama das guerras que afligem diversos países, sobretudo os que estão em desenvolvimento, Duarte pontua que o Brasil tem sido poupado destas ocorrências e o classifica como nação da paz, onde todos somos combatentes na promoção dos Direitos Humanos, sendo este um dever social. Ressalta o importante papel da BSGI nesta luta, organização pela qual tem grande ligação e simpatia. Para ele, Daisaku Ikeda é uma das vozes que dão relevo à responsabilidade de cada indivíduo. “É preciso que surjam na humanidade mais pessoas como ele, que nos orientam em nossas vidas”, ressalta.


Perguntado, pelo público, se a intervenção militar no estado do Rio de Janeiro é uma violação dos Direitos Humanos, Duarte explica que este é um preceito constitucional, podendo o Governo Federal intervir nos estados em determinadas circunstâncias. Esclarece que a intervenção não é uma violação, mas que o modo como ela é feita deve ser vigiado, para que a ação não fira os Direitos Humanos. Abarcando este tema, esclarece que a sociedade deve manter a ordem em busca de equilíbrio quando se trata da luta pelo direito à dignidade da vida. Para ele, no Brasil não só a legislação, mas também a prática, são extremamente benévolas quando se refere a criminosos e, que está deve ser revista de forma que seja mais temorosa às pessoas que querem subverter a ordem. Ratifica que os movimentos populares são capazes de mudar este cenário.


O encontro contou com as presenças de Alessandro Ariga, coordenador Cultural da BSGI; Indyamara Massaro, membro do Núcleo Universitário; Gisela Arantes, coordenadora do Departamento de Artistas da Grande São Paulo; e apresentações musical e cênica.


Entrevista com o embaixador


BSGI Newsletter: Quais as contribuições a SGI tem feito para a construção da paz no mundo?
Sergio Duarte: A SGI é extremamente atuante, tem representantes em Nova York e frequenta as reuniões do grupo de ONG, no campo do desarmamento. Tem sido uma contribuição muito importante a começar pelas propostas anuais que o Dr. Ikeda faz e que tem grande repercussão no meio internacional.


BN: Quais são os três pontos da proposta de paz enviada pelo presidente Ikeda que o senhor elencou como os mais importantes?
SD: 1) Desarmamento nuclear, a importância da abolição das armas nucleares; 2) Importância dos Direitos Humanos, promover uma cultura de paz, baseada na promoção dos Direitos Humanos; e 3) Metas de desenvolvimento aprovadas pelas Nações Unidas.


BN: sobre a influência do presidente Ikeda para a humanidade, sobretudo para os jovens
SD: Os resultados são de muito longo prazo. Essa é uma ambição educativa, uma ambição que procura transformar os seres humanos a partir de dentro, transformar a sociedade através da transformação do ser humano, do melhoramento do ser humano. Difícil aferir, universalmente em todo o mundo, qual tem sido a implementação prática. Mas, não há dúvida que essas propostas que se repetem anualmente têm tido bastante influência no pensamento geral da humanidade, sobre como lidar com as questões de desarmamento, dos direitos humanos, da vida em sociedade.


BN: Sobre a exposição “da cultura de violência à cultura de paz”
SD: Nós vivemos hoje no Brasil uma escalada de violência realmente única, as pessoas são violentas na rua, no trato uma com as outras, sem falar em bandidos, assaltos e assassinatos. Realmente é necessário que haja um esforço de educação da sociedade em direção à uma cultura de paz, por isso essas manifestações, iniciativas, são extremamente importantes. Tenho certeza que elas se repetirão e continuarão a dar frutos.


*Departamento de Comunicação

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