09 de September de 2022

Quando a gratidão é o melhor dos sentimentos!

Sonia e Eduardo Paderes são os orgulhosos pais de Lara e dedicam-se com devoção à doação de suas vidas à construção de uma Cultura de Paz

Família Paderes: a verdadeira transformação é no coração

Família em Kansai, Japão, junto com a mãe de Edu: d. Maria Góes

Sonia e sua mãe d. Neuza

Uma vida gratificante e com profundo significado. Foi isso que Eduardo Paderes, instrutor de treinamento e representante comercial e sua esposa Sonia, administradora de empresa; escolheram há décadas. Residem em Salvador-BA e são os líderes da BSGI da Bahia. Segundo Sonia: “hoje, após 20 anos de casados, percebemos como as decisões em prol das pessoas transformaram positiva e profundamente a nossa vida!”.


Eduardo foi quem ensinou o mantra Nam-Myoho-Renge-Kyo à então namorada Sonia. Sua família se converteu em 1972, quando ele tinha 2 anos. Ao crescer nos jardins da Soka Gakkai, Edu estabeleceu valores sólidos para toda a vida. Foi um jovem Edu que, aos 23 anos, conheceu a mulher de sua vida. “Participei de uma seleção numa rede de supermercados em Aracaju-SE e fui trabalhar no setor que a Sonia gerenciava. Nos apaixonamos! Ensinei o budismo a ela e falei sobre o propósito da Soka Gakkai. Poucos meses depois, passei uma temporada no exterior e quando retornei ao Brasil ela já era líder em um Núcleo de Bairro da BSGI!”, exclamou.


Sonia, por sua vez, enfatizou que se emocionou e se encantou com o som do mantra. “Primeiro ouvi o Nam-Myoho-Renge-Kyo sendo recitado pelo Eduardo e aquilo me fez muito bem. Aprendi a recitar e orei por aproximadamente um mês”, contou. Segundo ela, a sensação de felicidade e a força interior que emanava de seu ser justificavam horas de recitação. “Quando fui à primeira reunião, fiz a decisão de praticar essa religião e dedicar-me aos ideais da Soka Gakkai”, explicou ainda que o que mais a tocou foi o “efeito prático que pude sentir na minha vida”.


 Muito além da simples doação


Já a decisão de doar, para Edu, teve sempre um lugar de muita naturalidade. Desde cedo acompanhou o empenho da mãe e avó em contribuir materialmente, mesmo em meio a condições financeiras desfavoráveis. Criança, via a vida de sua família sendo transformada gradativamente e, mesmo diante da inocência pueril da infância, intuiu sabiamente que o fato advinha da prática devotada e abnegada de ambas – mãe e avó – ao budismo. Foi crescendo marcado por esse sentimento de profunda gratidão e, ao se tornar adulto, apenas incorporou algo que já era parte de si desde há muito tempo.


“A primeira vez que participei da contribuição (kofu), após dois meses de convertida, pouco sabia sobre este departamento. Participei por ter ouvido, em uma reunião, que era importante e que fazia parte da prática budista”, contou Sonia. Aos poucos foi percebendo que era muito mais que o simples ato de doar uma soma em dinheiro. “A benevolência e gratidão com que fui recebida pelos companheiros que elogiaram minha sinceridade, sem fazer menção à quantia, tocou-me profundamente e comecei a entender que ser membro do departamento do kofu vai muito além da doação”, ressaltou.


O presidente da SGI, dr. Daisaku Ikeda, explica[i] sobre o significado do espírito de doação sob o ponto de vista de duas perspectivas: a doação em termos materiais e a doação em termos da Lei.


“A primeira significa que doamos dinheiro e outras coisas [...] para expressar nossa sincera consideração. A fé com a qual fazemos tais oferecimentos materiais nos habilitará acumular boa sorte imensurável. A doação em termos da Lei significa propagá-la, exatamente como ensina o Buda, a fim de salvar as pessoas [...]. Nós nos empenhamos na concretização da paz como emissários do buda Nichiren [...]. Quando nos propomos a participar da atividade do kofu, temos na realidade uma grande oportunidade de transformar nosso carma negativo e aprimorar nosso caráter. A sinceridade cria o desafio no nosso dia a dia, fazendo com que nossa sabedoria se manifeste e os grandes benefícios sejam canalizados a nosso favor, criando assim condições ideais para a transformação. É a luta efetiva para compreender que iluminar o caminho das pessoas é iluminar o próprio caminho”.


Eduardo conta que nestes mais de 50 anos de prática em família, inúmeras situações bastante adversas foram superadas. “Entretanto há um episódio que considero determinante. Numa atividade do Núcleo Estudantil, senti o desejo de oferecer um lanche para os participantes, muitos deles enfrentavam condições adversas e eu tinha regressado há pouco do meu primeiro treinamento no Japão (Kenshukai) e tinha visto como o dr. Daisaku Ikeda sempre encontrava um meio de alegrar e envolver os preciosos herdeiros. No caminho de volta para o local da atividade conheci uma pessoa com a qual viria trabalhar e que, pelos caminhos mais improváveis, mudaria para sempre minha trajetória profissional e consequentemente, minha condição financeira”, explicou Edu. O seu ato abnegado em doar o lanche para as crianças, resultou nesse encontro de vida que mudou os rumos de sua trajetória financeira para sempre.


 Dona do seu destino!


Sonia encantou-se à primeira vista com o princípio básico da causa e efeito. “Depois que conheci e aprendi sobre esse princípio, senti um grande alívio em saber que não precisaria perder tempo julgando alguém ou seus atos”, contou. Entendeu também que não teria que atribuir nenhuma dificuldade a outrem. “Sou a responsável pelo meu destino!”, exclamou.


Ela conta ainda um episódio ligado ao kofu e que marcou profundamente sua vida. “Eduardo e eu [na época] éramos líderes do Núcleo Jovem de Sergipe e além da decisão de vencer em todas as etapas do kofu individualmente, definimos um objetivo de cotas que faríamos quando fôssemos casados”, disse.


Porém, na semana do casamento, além de todas as despesas inerentes ao evento, aconteceu um revés financeiro que impactou nos planos iniciais da lua de mel. Dois dias depois do casamento ocorreria o Kofu e, apesar da situação e do que teriam que abrir mão no momento, optaram em manter a decisão inicial de concretizar aquele objetivo numérico. Isso acarretou em mudança drásticas nos planos do jovem casal. “Hoje, após 20 anos de casados, percebemos como as decisões em prol da construção de uma Cultura de Paz transformaram positivamente nossa vida!”, exultou Sonia.


 Profundo significado da doação


“Contribuir materialmente para o movimento humanístico da SGI, de Paz, Cultura e Educação evoca o sentimento de satisfação e reforça o orgulho de fazer parte do nobre empreendimento em prol da felicidade das pessoas. Há diversas maneiras pelas quais podemos fazer doações à BSGI, todavia para além das quantias ou formas, é a sinceridade e o desafio em participar que cria a condição para uma transformação concreta e constante”, enfatizou Edu.


“O que posso dizer é que ambos temos histórias de algum tipo de privação, filhos de mães batalhadoras, criamos uma condição para vivermos com certa tranquilidade. Nossa filha estuda na Universidade Soka da América, em Aliso Viejo-Califórnia, nos EUA. Eduardo foi quatro vezes ao Japão e eu três, além de conhecermos vários países tanto a passeio quanto em atividade pela [Soka] Gakkai. Aprendemos com os veteranos que: kofu não é sobra. O valor do kofu não está na quantia doada, mas no sentimento com o qual é feito. Fazer kofu é exercitar o desapego e vencer a miséria que pode residir apenas no coração”, finalizou Sonia.






[i] Por ocasião de sua terceira visita ao Brasil, em 1984.



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