28 de April de 2021

Um dia que celebra a poesia em movimento

O grupo Taiga de dança completou 31 anos e vem dando oportunidades a dezenas de jovens que, por meio da arte tornam-se grandiosos valores humanos

As Sheilas: Amarante (à esq.) e Lima

Sheila Lima e as suas filhas gêmeas

Sheila Amarante: brasilidade!

Manifestação artística que utiliza o corpo como instrumento de criação: a dança. Desde os primórdios da civilização humana, todas as culturas se utilizam dela como forma de expressar sentimentos. A arte ultrapassa todas as barreiras desencadeando nos espectadores todo tipo de emoção. Na BSGI, o grupo que se dedica a essa arte é o Taiga (que significa Grande Correnteza, em japonês). Para homenagear o Dia Mundial da Dança, 29 de abril, trouxemos dois grandes relatos de mulheres que romperam limites, ex-integrantes do Taiga, e hoje são reconhecidas profissionais da arte da dança na terra do Sol Nascente.


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Sheila Lima de Araújo é paulistana e é formada em Ballet Clássico, um estudo que leve em média 9 anos! No Brasil, passou por companhia de dança profissional desde muito jovem, graças ao grande talento e empenho, incentivada pelos pais que sempre acreditaram em seu potencial. Desde 2000, vive em Osaka, no Japão. Ingressou no Taiga aos 12 anos e desde então nunca parou de dançar. “Como já fazia ballet uma responsável do Núcleo Estudantil da época perguntou se eu gostaria de fazer a entrevista para ingressar no grupo Taiga”, contou Sheila. Mas o amor pela dança se manifestou muito antes. “A Dança significa para mim tudo na minha vida. Sempre gostei de dançar. Aos 4 anos de idade, por influência de minha prima que fazia ballet, me apaixonei e nunca mais larguei!”, exclamou.


Seu maior objetivo é continuar ensinando as jovens mentes a amar a arte que abraçou e ainda se dedicar cada vez mais com muita alegria e poder passar aos seus alunos a mesma paixão que a contagia diariamente, para muito além do simples aprendizado. “É uma arte que ultrapassa a linha da sala de aula. A disciplina é algo que será útil não apenas na sala de aula mas também na vida!”, exclamou.


A escolha pela docência em dança vem da adolescência. “Comecei a dar aula de ballet clássico para crianças, aos 15 anos e com isso conseguia ajudar os meus pais a pagarem a mensalidade da escola de ballet”, explicou. E é por eles que se empenha com grande dedicação, devido o sentimento de retribuição. “Tudo que fiz e faço hoje desejo sempre dar muito orgulho para a minha mãe [seu pai já é falecido]. O sentimento de gratidão é imenso!”, exclama.


Ela enfatiza que não há nada mais belo do que uma bailarina entregar sua essência e perceber seu sentimento se unindo com a de seu público. “É desse encontro que nasce o encantamento a emoção... É isso que faz a Dança ter sentido para mim”, explicou. E é munida desse sentimento que busca passar sua paixão, todos os dias, aos seus alunos escola de ballet que fundou. Seu dia a dia não difere em nada ao de qualquer pessoa, com grande detalhe: sua vida é regida pelo bailar da paixão pelo ideal de paz, cultura e educação da SGI. “Acordar cedo, me arrumar, alimentar, encaminhar minhas filhas gêmeas à escola e depois ir trabalhar sempre com a certeza que no meu trabalho, na sala de aula, vai haver um troca intensa de boas energias”, emenda.


Essa certeza e disposição de compartilhar com seus estudantes essa energia revigorante é uma valiosa fonte de inspiração. E é com essa mesma disposição que ela se dedica a todas as atividades da Soka Gakkai no Japão.


Aos 43 anos, vinte dos quais vividos na terra do Sol Nascente, ela se sente completa e feliz por estar atuando e formando novos expoentes da arte em movimento. Sheila ressalta que tudo o que faz diariamente em sua vida há uma grande influência do que aprendeu no Taiga, na Soka Gakkai onde cresceu e se desenvolveu como pessoa.


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A bailarina e psicóloga Sheila Amarante é também paulistana, a sexta de uma prole numerosa de sete irmãos e, assim como sua xará, vive em Osaka. É professora na escola de dança da amiga. Foi também ela, Sheila Lima, que a indicou para uma produtora brasileira que tinha uma companhia de dança. “Tinham uma agenda diária de espetáculos em um restaurante sofisticado fruto de uma cooperação entre o Brasil e um estúdio de dança localizado em Osaka”, contou.


As duas Sheilas se conheceram no grupo Taiga e, a partir desse relacionamento, teve início uma amizade que se estende até hoje. “Ela fazia temporadas no Japão de 6 meses e depois retornava ao Brasil. Assim, numa das conversas, eu disse que se houvesse alguma oportunidade que gostaria de ser avisada”, explicou. Foi assim que ambas chegaram ao Japão (em momentos diferentes, mas com o mesmo propósito) e, devido à grande competência, se estabeleceram e lá estão até o momento. “Trabalho principalmente com aulas de danças latinas, samba do Brasil e dança do ventre”, ressaltou. E, há quase 16 anos, continua sendo chamada para realizar suas impressionantes e requisitadas performances por todo Japão.


Seu ingresso no Taiga se deu pouco depois de se associar à BSGI, mas já dançava e lecionava dança e foi onde sua vida com a arte se completou. Foi no Taiga que obteve subsídios para se fortalecer enquanto pessoa. “Foi onde obtive todo o treinamento, onde a dança era um caminho alicerçado pela filosofia budista à qual me ajudou a fortalecer a fé e a prática”, enfatizou. Dentro do grupo foi coreógrafa, vice-responsável técnica, depois responsável técnica.


Muito menina, já dizia aos seus pais que queria fazer aulas para ser professora de dança, mas sentia que não a levavam à sério. Decidida, aos 15 anos começou a trabalhar e a custear suas aulas. Depois de um ano, um primo a ajudou pagando as aulas de ballet em uma renomada escola por alguns meses e logo depois foi buscando as escolas que mais se alinhavam com aquilo buscava. “Fiz aulas de jazz, ballet clássico, dança moderna, contemporânea, danças folclóricas brasileiras. Eu realmente mergulhei no oceano de prazer e realização que a dança era para mim”, contou emocionada.


O esforço deu frutos. Chegaram convites para participar de algumas companhias – amadoras e profissionais – de dança. Fez ainda uma breve pausa na dança para cursar a Faculdade de Psicologia. Após a graduação retornou à arte pois a paixão calou fundo em seu coração e não conseguiu se manter distante.


Ela enfatiza que tudo o que conquistou na dança é fruto de seu empenho no Taiga. Ao longo dos 15 anos de atuação pode se colocar como uma artista da Lei, a budista bailarina que se volta para sua arte com missão de sempre levar o ideal da Soka Gakkai. “É muita gratidão, eterna gratidão!”, exclama. Compreendeu no Taiga que o sorriso, a paciência, o respeito, a disciplina e a alegria devem permear toda a trajetória de vida, sempre. “Vim para o Japão de maneira inacreditável, pois minha vida mudou muito rapidamente, e sem conhecer a língua. Tudo foi se encaixando de modo natural e tantas outras oportunidades de trabalho vieram até mim e muitos desafios também. Me senti sempre amparada pela própria prática budista que mantive diariamente e toda bagagem recebida como herança do grupo Taiga”, esclarece. E pontua: “carrego comigo o lema eterno do grupo Taiga: Unir a Arte à missão com sinceridade e humildade!”.


Mesmo sendo uma mulher madura, aos 51 anos, Sheila não se vê sem sua eterna companheira: a dança. E não pretende parar tão cedo: para o futuro planeja fazer uma pós graduação em psicologia corporal.


Enfim, para estas duas profissionais da dança, esta Arte sempre esteve e estará viva e pulsante em suas vidas, levando-as a degraus cada vez mais altos como seres humanos e tornando suas caminhadas cada vez mais leves, dinâmicas, equilibradas e felizes.

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