17 de April de 2023

Uma veterana realmente extraordinária!

A mineira de nascimento Nilza Angela de Freitas Antunes tem 70 anos e é budista há 43 anos

NIlza (àesq.) com seu marido, construíram uma família humanística Soka, na cidade do Rio de Janeiro-RJ

O filho Alessandro e esposa (que não puderam estar presentes na foto acima)

Nascida em São João Del Rei em Minas Gerais, mas foi na capital fluminense que cresceu e conheceu a filosofia humanística da Soka Gakkai por intermédio da amiga Jorgina, que a acolheu em sua casa para trabalhar como babá. “Ela foi uma pessoa muito boa na minha vida, continua sendo até hoje. E foi através dela que eu encontrei o Budismo Nichiren”, explicou. Assim como a imensa maioria da população brasileira, empobrecida e socialmente vulnerável, foram muitos os desafios enfrentados por Nilza ao longo de sua vida. O grande diferencial foi seu empenho incansável em proporcionar a disseminação dos ideais humanistas a todas as pessoas que conhece.


Ela e o marido iniciaram a prática budista em 1980. Ambos enfrentavam um grande desafio, que foi o que os motivou a praticar: o carma da epilepsia se manifestando em seu filho Alessandro.


Nilza se casou em 1971 com um homem viúvo, 10 anos mais velho, com dois filhos pequenos que ela criou como seus. Seu filho Alessandro nasceu em 1974. Embora fossem muito amigas e tivessem grande afinidade, por motivo pessoais, Nilza e Jorgina se afastaram por cerca de cinco anos, de 1975 a 1980.


“No finalzinho de 1979, meu filho Alessandro sofreu uma crise muito forte de epilepsia”, ressaltou Nilza. Ali ela soube que se tratava da manifestação de um carma, pois era a 7ª geração a ter essa doença. A família passava por crises financeiras e, houve ocasiões em que saíam à rua de madrugada sem dinheiro sequer para a condução, tendo que levar o filho para um pronto atendimento. “Pedindo por favor, chorando, algum dinheiro para ir ao pronto socorro e obter ajuda para ele conseguir voltar a consciência, pois ele sozinho não era capaz”, contou.


Foi numa dessas ocasiões que Nilza se lembrou de Jorgina. “Naquele momento a única coisa que me veio à cabeça foi ir até a casa dela pedir para fazer faxina em troca de algum dinheiro”, disse Nilza. Naquela época ninguém tinha telefone e o único jeito era ir a pé. Ao chegar, percebeu um ar novo e tranquilo, diferente de quando vivera ali. Contou à amiga, aos prantos, tudo o que estava acontecendo. Jorgina, com toda a benevolência budista, conduziu-a à frente de seu oratório e convidou-a a orar o mantra, o poderoso Nam-Myoho-Renge-Kyo. “Não há oração sem resposta, mesmo sem ter fé, objetive. Objetive, pois a lei não falha, a lei mostra”, foram as sábias palavras de Jorgina à amiga angustiada.


Nilza orou e continuou a orar nos dias subsequentes. Pouco tempo depois lhe indicaram um hospital muito bom em Botafogo. Ali tiveram o acolhimento que precisavam e descobriram o grau de epilepsia de seu filho e o tratamento foi iniciado. Disseram que seria para toda a vida. “Hoje o Alessandro é líder em sua localidade da BSGI e nunca mais teve ataque de epilepsia, mas periodicamente faz avaliação de controle”, enfatizou. E, sincronicamente, encontraram a médica que o diagnosticou no Centro Cultural da BSGI do Rio de Janeiro e puderam demonstrar toda a gratidão pelo cuidado que teve com seu amado filho.


Pouco a pouco, Nilza foi conquistando sua independência financeira, galgando degrau por degrau. Em 1991 prestou concurso público, voltou a estudar e mais tarde se formou em Pedagogia. Conseguiu ingressar numa escola da prefeitura como merendeira e pouco tempo depois, já foi convidada para trabalhar em outra função na qual ficou por 9 anos.


Prestou concurso, voltou a ser merendeira, mudou de setor passando a recepcionar alunos no portão. Foi então que veio o convite para atuar numa escola menor e foi ali que teve seu maior desafio profissional e a grande comprovação de sua fé.


“Eu cuidava das crianças como consta nas publicações sobre a Educação Soka: olhando nos olhos, ouvindo as crianças, cuidando da alimentação delas, com todo carinho”, explicou. Depois de um tempo foi realocada para recepcionar os alunos no portão e foi ali que os desafios no trabalho tiveram início. As pessoas não entendiam a sua atitude, principalmente a direção da escola. Recebia os pais com toda a dedicação. Mesmo os pais que viviam realidade de vícios, tratava a todos sem discriminar ninguém. Conversava, falava da importância do exemplo dos pais para as crianças. “Porém, houve quem olhasse para essa atitude como uma forma de eu querer aparecer e acabaram me tirando do portão e colocaram em outro local”.


Nilza sabia que precisava reverter essa situação e empenhou-se ainda mais na recitação do mantra. Desejava tão somente demonstrar àquelas pessoas a sinceridade de suas ações, queria apenas colocar em prática o que aprendera com o Humanismo Soka.


O tempo passou e tudo se reverteu. Nilza permaneceu ali por 12 anos. E teve o reconhecimento de todos agora que está prestes a se aposentar: uma homenagem dos professores e da direção.


“Como os desafios fazem parte de estar vivo, em 2018 fui ao endocrinologista que constatou um câncer na minha tireoide”, colocou. Toda a sua família se uniu em oração para suplantar mais esse desafio e tudo correu bem. Câncer vencido!


Em 2021, foi a vez do marido vencer essa doença, vencendo um câncer de próstata. “Ainda está finalizando o tratamento, pois devido a idade dele, 79 anos, decidiram não realizar uma cirurgia e optaram pelas sessões de radioterapia e quimioterapia a cada 2 meses”, destacou. Mas os médicos estão muito surpresos com a recuperação dele, e cada dia mais otimistas. “Então estamos mantendo a fé porque eu tenho certeza que a única maneira que eu tenho para retribuir tudo isso é propagando esse maravilhoso budismo!”, exclamou.


Nilza teve 5 filhos. A filha Daniele teve a oportunidade de participar de um treinamento da SGI no Japão e, seu marido e o filho Alessandro, puderam também conhecer a Terra do Sol Nascente com um grupo de amigos. Tem 4 netos e 2 bisnetos, todos recitam o mantra diariamente e atuam na BSGI com empenho e gratidão.


Nilza finaliza com uma frase do romance Nova Revolução Humana, do presidente da SGI, dr. Daisaku Ikeda. No volume 30, capítulo “Aguardando o tempo”, na página 114, consta: “Na vida, o que mais importa é o momento da sua conclusão. [...] É mantendo sempre os espíritos de ‘buscar o caminho por toda a vida’, de ‘desafiar por toda a vida’ e de ‘lutar por toda a vida’ que existirá a vitória da vida, a qual resplandecerá pelas ‘três existências’ - passado, presente e futuro - e por toda a eternidade”.

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