03 de September de 2021

Uma vida cheia de significados!

Eloi Junio Frota Monteiro é membro da Divisão Sênior da BSGI de Sergipe

Família humanística de Eloi

O encontro de Eloi com a filosofia humanística do budismo Nichiren da Soka Gakkai se deu como uma consequência direta do impacto causado na jovem Dayse que desafiou todas as circunstâncias para participar da histórica Convenção Cultural dos Jovens em 1999, conhecida como “Convenção da Chuva”. Quando retornou a Sergipe, o coração repleto de paixão pelos ideais de paz, cultura e educação da BSGI, Dayse convidou seu amigo Eloi para participar de uma reunião para convidados. “Confesso que não estava muito inclinado sobre ser budista”, disse Eloi. Mas alguma coisa o tocou e ele compareceu em outras atividades e foi se interessando. Tornar-se budista não foi uma decisão fácil.


“Quando fui falar para minha mãe que estava me convertendo ao Budismo, ela me disse que essa decisão ia matar ela todo dia um pouquinho. Chorei bastante nesse dia. Minha família é toda católica, todos são bem fervorosos. Mesmo assim decidi me converter”, contou. Porém, como no budismo de Nichiren "não há oração sem resposta", no dia do seu casamento, 5 anos após ter feito o comunicado à mãe, na cerimônia religiosa teve a comprovação dessa frase: a aceitação de sua prática por parte dela. “Ela me beijou carinhosamente e disse: ‘quero que você seja muito feliz meu filho’. Novamente chorei. Ali entendi que ela tinha aceito a minha decisão. Foi maravilhoso!”, emocionou-se Eloi.


A então jovem Dayse Tatiana Alcântara de Araújo Lessa (hoje também possui o Monteiro no final), foi sua guia durante o período de aprendizado antes de sua conversão. “Há 21 anos estamos juntos, 15 dos quais casados e dessa união vieram nossos 3 filhos”, contou. Hoje Eloi e Dayse têm a companhia de seus jovens herdeiros em toda as atividades da BSGI: Eloisa de 11 anos, Thales de 9 e a caçulinha Eloah, de 2 aninhos.


Uma vida de grandes significados


Eloi relatou ainda que, na época em que foi apresentado ao budismo, era um jovem sem ambições. “Vivia uma vida sem propósito, sem objetivos. Não buscava me desenvolver”, afirmou. Ele relata que o budismo Nichiren mudou sua forma de ver o mundo e a vida. Voltou a estudar, se formando em Contabilidade. Logo prestou concurso público e se tornou funcionário municipal. “Isso me proporcionou uma sólida estabilidade financeira. Temos casa própria e condições de nos dedicarmos às atividades da BSGI com tranquilidade!”, exclamou.


Embora tenha se tornado membro da BSGI em 2001, foi somente em 2004 que ocorreu a grande catarse de sua vida. Desafiando as condições financeiras, participou de um Curso de Aprimoramento do Núcleo Jovem, no Centro Cultural Campestre da BSGI, na cidade de Itapevi-SP. “Foi lá que pude enxergar a grandiosidade da nossa organização, o ideal do dr. Daisaku Ikeda e a paixão dos jovens pelos ideais de paz, cultura e educação”, ressaltou. Ao voltar desse curso totalmente decidido, resolveu dar uma guinada em sua vida e, a partir desse evento, esteve em São Paulo todos os anos seguintes para participar de atividades similares.


Eloi integrou também o grupo Gajokai, responsável pela proteção e logística dos eventos da BSGI. “Foi nesse grupo que me forjei como ser humano, como cidadão. Meu comportamento como pessoa mudou totalmente, me tornei um ser humano melhor, com mais capacidade de interagir na sociedade”, explicou.


A família de Dayse é uma das pioneiras da BSGI em Sergipe. Ao todo são 17 famílias associadas, com dezenas de integrantes. A matriarca, Vera Lúcia Alcântara de Araújo foi quem deu início a tudo. “Em maio desse ano ela nos deixou, vítima da covid. Mas por tudo que aprendemos com ela, em momento algum houve lamentação ou dúvida. Ficou somente um forte sentimento de gratidão por podermos conviver com ela nessa existência de sermos tocados por seu profundo humanismo”, emocionou-se Eloi. Ele enfatiza que sua querida sogra é a mãe da filosofia humanística do budismo Nichiren no estado de Sergipe. “Uma honra poder partilhar de sua convivência!”.


Vitória do trabalho


Embora seja funcionário público municipal, Eloi hoje atua em um órgão público federal. Como contador sua atuação sempre foi tranquila e eficiente, pois domina esta área há muitos anos. Porém, quando lhe foi oferecida uma nova função, em um setor totalmente desconhecido, teve dúvidas e cogitou recusar. “Eu fui para a entrevista certo de que recusaria. Sofri uma pressão imensa e orei muito para tomar a melhor decisão”, ponderou. Porém, antes que pudesse declinar do convite, a pessoa que o entrevistava lhe falou: “Esse é um setor muito importante e eu preciso de uma pessoa da minha inteira confiança. E eu olho em volta e só vejo você como sendo essa pessoa”. Diante de tal argumento, Eloi teve que engolir em seco e aceitar. “Quando ouvi aquelas palavras me lembrei do mestre, dr. Daisaku Ikeda e só pude dizer que sim!”, declarou.


Há 2 anos dessa função, Eloi hoje sente-se mais seguro e se diz feliz em estar constantemente aprendendo, na busca por realizar um trabalho competente. E vem sendo muito bem avaliado, a ponto de seu chefe direto lhe dizer: “você se prepare porque vai assumir meu lugar algum dia”.


Como budista ele se coloca na posição de apoiador incondicional de seus companheiros. A pandemia trouxe entraves às reuniões presenciais, pois muitos integrantes não possuem condições de ter internet à disposição e participar dos encontros online. “Nesse mês de agosto em que realizamos os encontros comemorativos do Dia da Divisão Sênior, fomos de casa em casa levar a mensagem alusiva à data a cada um dos membros, tomando todas as medidas de biossegurança”, esclareceu.


Eloi citou a frase do escrito Abertura dos Olhos de Nichiren Daishonin que é sua bússola de todos os momentos, legado eterno do grupo Gajokai:


Eu e meus discípulos, mesmo que ocorram vários obstáculos e maldades, desde que não se crie a dúvida no coração, atingiremos naturalmente o estado de Buda. Não duvidem dos benefícios do Sutra de Lótus mesmo que não haja proteção dos céus. Não lamentem a ausência de segurança e tranqüilidade na vida presente. Embora tenha ensinado dia e noite a meus discípulos, todos, criando a dúvida, abandonaram a fé. O que é costumeiro no tolo é esquecer nas horas cruciais o que prometera nas horas normais.


E, finalizando, Eloi enfatizou que “hoje, quando olho para trás, percebo que minha vida se tornou algo de grande significado graças à filosofia humanística do budismo Nichiren da BSGI. Sou profundamente grato por tudo e por todos, pois sei quem sou e sei que estou, junto com a minha família, construindo uma vida de profundo significado”.

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