10 de July de 2024

A força e a resiliência de uma vitoriosa mãe Soka!

Érika de Moura Sousa é uma jovem mãe que mantém seus ideais com coragem e esperança mesmo diante das adversidades mais desafiadoras

Erika e seus quatro filhos

No alto dos seus 41 anos de vida, Érika declara que está em um momento muito feliz de sua vida, apesar dos desafios. Este percurso se iniciou quando a avó se converteu ao budismo Nichiren, tornando-se assim, membro da BSGI. “Mas eu não me interessei logo de início. Fui uma jovem  que só queria ‘curtir a vida’, sem muito compromisso com religião”, contou. Porém, a vida sempre encontra um jeito quando se nasce com uma missão. Em 2000, aos 17 anos, engravidou de seu primeiro filho e percebeu que tinha que escolher um novo percurso. “Foi aí que passei a enxergar algo diferente e comecei a pensar num novo rumo”, confessou Érika. Encerrando o mês comemorativo das Mulheres Soka, trouxemos o relato corajoso de uma grandiosa representante do Núcleo Feminino da BSGI.


Ela e o então companheiro Ronaldo, morando na Zona Sul de São Paulo, com um bebê pequeno enfrentaram juntos inúmeras adversidades. “Todas foram sendo suplantadas vivendo de acordo com os sublimes princípios a nós legados pelos veteranos e pelo Mestre da Vida, o saudoso dr. Daisaku Ikeda”, enfatizou Érika.


Desde muito jovem sempre foi uma apaixonada pela Educação. Por muitas vezes iniciou a faculdade, mas a vida foi lhe impondo novos desafios. A cada novo filho – são 4 ao todo: Guilherme de 23 anos, Mariana de 17, Lucca de 7 e Isabella de 4 – novos arranjos tiveram que ser providenciados e o sonho da faculdade foi sendo adiado.


Logo que despertou para o budismo, foi convidada a se tornar líder de um pequeno Núcleo Feminino, cujos integrantes tinham mais que o dobro de sua idade. “De cara pensei 'o que estou fazendo no meio dessas mulheres todas?' São todas mais experientes e muito mais sábias que eu”, confessou. Mas logo entendeu que aquele era o seu caminho de grande missão, pois aquelas veteranas a acolheram e a ensinaram tudo o que precisava saber. Sentiu-se confortada e amada por todas e seu coração se aqueceu com o calor amoroso que elas lhe traziam.


 


Conversão do companheiro


O ano de 2004 marcou o momento em que Érika recebeu o seu próprio Objeto de Devoção, o Gohonzon. “Foi um marco importante e significativo”, ressaltou, uma vez que a partir daquele momento ela era a responsável pela sua própria prática. A transformação da jovem Érika foi concretizada e, em 2007, percebendo isso e desejando que a união de ambos se consolidasse de forma plena, seu companheiro de vida, Ronaldo, decidiu se converter também, conquistando seu Gohonzon. No ano seguinte, 2008, casaram-se no budismo. A felicidade absoluta se vislumbrava no horizonte e parecia que nada mais abalaria as estruturas daquele lar.


Érika se dedicou ao grupo de dança do Núcleo Feminino, Fukuchi, e nele aprendeu o que significa doar corpo e alma a um ideal. “Criei amizades para toda a vida nesse grupo ao qual sou imensamente grata”, revelou.


O tempo passou rápido e chegou ao ano de 2019. Com ele a mudança para Indaiatuba, no interior do estado de São Paulo, cidade que relutou muito em aceitar, mas hoje se diz apaixonada. “Eu não queria ir. Pra mim era impensável viver num lugar tranquilo e calmo, sem a adrenalina da cidade grande. O Ronaldo, que é de família do interior, sonhava com o dia de ter uma vida mais pacata. No final, vim meio a contragosto e hoje não me vejo morando em outro lugar!”, relatou.


Ali chegando se deparou com o primeiro desafio: não haviam membros ativos no Núcleo de Bairro para o que foi prometido. “E, como era líder em São Paulo, já me deram a função. Nenhuma das mulheres do Núcleo participava de qualquer atividade. Foi então que eu determinei mudar isso”.


Érika pegou os nomes e endereços e visitou cada uma. Incentivou, contando sua história, ouviu e se dispôs a lutar da melhor forma e junto com cada uma delas. E o Núcleo renasceu. Hoje os encontros são recheados de calor e amizade, cada qual feliz pelas suas conquistas, satisfeitos com sua prática e trazendo outros para aprender o budismo e se tornarem pessoas melhores e mais felizes também.


Tudo corria bem nas vidas de Érika e Ronaldo. Os 4 filhos crescendo e se desenvolvendo. Os pequenos sempre juntos com a mãe nos encontros budistas, os filhos mais velhos trabalhando e tocando a vida. Porém, em julho de 2023, tudo mudou.


O desafio maior


Ronaldo voltava tranquilamente do trabalho em sua moto na rodovia que corta a cidade. Inesperadamente um carro se desgovernou na pista contrária, atravessou o canteiro central e atingiu com grande impacto a motocicleta pilotada por Ronaldo que chegou a ser socorrido, mas faleceu no hospital local. “Eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Cheguei ao hospital e me deram a notícia. O baque foi imenso. Mas naquele momento eu me mantive forte, serena e sem dúvida protegida por todo daimoku e luta que vinha empreendendo justamente em prol do Encontro do Núcleo Feminino, que havia sido realizado alguns dias antes. Ao longo dos dias, quando a ficha vai caindo, a força das orações é essencial pra seguir. A rede de apoio da minha família foi muito importante e a oração que todos os meus companheiros enviaram incansavelmente fizeram a diferença. Essa energia extraordinária me deu forças para continuar e renovar minha decisão de prosseguir vencendo por mim, pelos meus filhos e pelo Ronaldo”, relatou.


Os dias se passaram e a cada dia sentia que as forças aumentavam. O calor afetuoso dos companheiros da BSGI acalentando sua dor. “Orando o daimoku compreendeu que Ronaldo havia cumprido dignamente sua grandiosa missão, e que ele estará sempre vivo em meu coração e nos corações dos nossos filhos. Possuo uma missão que somente eu posso cumprir. Tenho meus filhos para criar e essa é a melhor maneira de honrar a vida e a memória do amor da minha vida”, revelou Érika.


Quase um ano após a tragédia, seus filhos continuam se desenvolvendo, levando suas vidas da melhor maneira que podem, tentando sempre honrar a vida de seu pai. Seu filho Lucca, de 7 anos, que ama futebol e vem se desenvolvendo nos treinos, recebeu meia bolsa da gestora da escolinha que frequenta. Em relato num dos encontros budistas, ele contou, muito animado, que foi graças ao budismo que ele está se tornando um bom atleta e conquistando vitórias. A faculdade de Pedagogia que era só um sonho adormecido na vida da Érika hoje é realidade. Voltou a estudar com o desejo de se tornar uma professora que propaga as ideias do Mestre por meio da educação. “A vida é muito mais leve e plena se a gente tem um ideal para o qual se dedica com força e resiliência”, finalizou a futura pedagoga.

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