Do lado de fora do prédio, a exuberância do mais belo e representativo parque da cidade, o Ibirapuera, parecia refletir a solenidade do evento. Do lado de dentro, cerca de 150 pessoas participaram da sessão solene em que a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo homenageou os 81 anos da Soka Gakkai, organização fundada em 1930 e que deu origem à SGI, em 1973.
Participaram do evento o solicitante da homenagem, deputado João Caramez, o 1º vice-presidente da BSGI, Naoto Yoshikawa, a coordenadora da Carta da Terra do Brasil, Cristina Moreno, e demais convidados.
Sociedade para a criação de valores humanos. Essa é a tradução literal de Soka Gakkai. Há 81 anos um educador japonês, Tsunessaburo Makigiti, indignado com os rumos belicistas que o seu país tomava, decidiu fundar uma organização que buscasse alternativas de combate pacífico para mudar a sociedade de forma geral. Essa iniciativa resultou em uma organização mundial, com cerca de 12 milhões de associados em quase duas centenas de países, liderada pelo filósofo, poeta e ensaísta, Daisaku Ikeda.
“O dr. Ikeda é o grande Leão da Paz”, enfatizou o deputado João Caramez. Em sua opinião, Daisaku Ikeda é o maior pacifista da atualidade, possuindo energia e capacidades intelectuais extraordinárias.
Naoto Yoshikawa afirmou que a entidade cuida de desenvolver o potencial humano. "Nós nos sentimos estimulados quando sabemos que cada ser humano pode se tornar um desencadeador de um mundo melhor", ressaltou.
“Buscando a beleza do ser humano, encontro uma explicação em Makiguti, o venerável artífice da Soka Gakkai”, iniciou a representante da Carta da Terra, Cristina Moreno. A iniciativa Carta da Terra e a BSGI inauguraram a parceria em 2010, quando da comemoração dos 10 anos de lançamento da Carta da Terra. Nesta ocasião a BSGI inaugurou em solo brasileiro, em maio / junho de 2010, na sede da UMAPAZ, a exposição “SEMENTES DA MUDANÇA: A CARTA DA TERRA E O POTENCIAL HUMANO”.
Criada pela Soka Gakkai Internacional (SGI) e pela Earth Charter International, foi a apresentada pela primeira vez na Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, em Johanesburgo, em 2002. Desde a inauguração, em pouco mais de um ano de exibição aqui no Brasil, a mostra já percorreu vários Estados como Mato Grosso, Pará e Amapá, além de intenso trabalho junto aos CEUs em São Paulo. Cerca de 30 mil pessoas já passaram pela exposição em 11 montagens.
Retratam fundamentalmente o convite da Carta para que os povos vivam a partir de um sentido de responsabilidade universal, por meio de um espírito de solidariedade humana e de parentesco com todas as formas de vida. “É com este espírito que devemos respeitar e cuidar da comunidade de vida, pilar central da Carta (..) Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela justiça e pela paz e a alegre celebração da vida”, finalizou Cristina.