Crianças de todo Brasil...
...e jovens até 17 anos...
... participaram deste grande evento
Desde a sexta, 5 de abril, as dependências do Centro Cultural Campestre da BSGI foram tomadas por risos, gargalhadas e brincadeiras: era o início da III Academia dos Sucessores Ikeda 2030 da BSGI, marcada para acontecer nos dias 5, 6 e 7. Cerca de 1500 crianças e jovens participaram desta atividade, oriundos de todas as regiões do país.
Muitos dos participantes nunca haviam estado no Centro Cultural Campestre. Visitaram ainda a Editora Brasil Seikyo a Sede do Núcleo de Jovens e a Sede do Núcleo Feminino. Embora cansados da viagem, a alegria e o entusiasmo por estarem participando de evento tão significativo contagiou os acompanhantes.
Grandes desafios foram suplantados por cada integrante e seus relatos serviram como exemplo a todos os demais. Como o jovem Kevin Yuri.
Kevin contou sobre o preconceito sofrido durante uma viagem ao Japão. “Tenho apenas 25% do meu cérebro, e isso causa deficiência no corpo”, explicou. Ainda lá, pode participar de um encontro da SGI e foi tratado muito bem. Em 2011 foi a outra reunião e decidiu associar-se. Desde então sua vida mudou. As ofensas que o atingiam até então, não o incomodaram mais. Hoje Kevin integra a banda Taiyo e está estudando para ingressar na faculdade para cursar informática. Para chegar até a Academia enfrentou muitos desafios, questões financeiras, febre na véspera da atividade e principalmente desarmonia familiar. Emocionado, finalizou suas palavras com um largo sorriso.
“Impossível imaginar como a vida de cada um se manifestou para que estivessem aqui hoje. Gostaria que cada um guardasse no coração um momento que viveu nesse dia. Quando a gente grava, a gente lembra. Que todos possam gravar esse momento especial, e torna-lo um ponto primordial na vida de vocês. Primordial é ser o primeiro, e quando passar por algum momento de dificuldade, lembrem-se deste momento”, incentivou Lílian Noda, coordenadora do Núcleo Feminino de Jovens da BSGI.
Domingo de chuva e sol
A manhã nublada prenunciava que a chuva não tardaria. Porém, contrariando todos os prognósticos, o sol surgiu majestoso em meio às nuvens, saudando os mais de mil participantes que lotaram completamente o grande auditório do Centro Cultural Campestre.
Recepcionando as crianças e jovens, membros do Departamento de Artistas, recriaram o clima lúdico e divertido do circo. Palhaços, trapezistas, malabaristas, acrobatas, bailarinas, até um “Carlitos” – personagem imortal do genial Charles Chaplin – recepcionaram o público.
Três depoimentos causaram um turbilhão de emoções em todos os participantes. Rayan Silva de 8 anos, mora e Campinas e sofria bulliyng devido suas orelhas de abano. Por meio de seu empenho nas atividades da BSGI obteve a tão sonhada cirurgia reparadora.
O garoto Victor Max Moutinho, da Casa Verde em São Paulo, é um exemplo de vida, no alto de seus parcos 10 anos de idade. O alcoolismo do pai causava toda sorte de transtorno, pois quando ingeria álcool, chegava a agredir a mãe e até mesmo a ele e à sua irmã. O apoio que recebeu do grupo a que pertence, o Núcleo para o Desenvolvimento da Orquestra, da OFBHI – Orquestra Filarmônica Brasileira do Humanismo Ikeda – foi crucial para que ele superasse as circunstâncias adversas. A determinação de Victor foi forjada no calor das dificuldades. Houve momento em que precisou buscar o pai pela rua, tendo somente a irmã um pouco mais velha, como companhia. Mesmo assim o garoto não desistiu e obteve grandes conquistas, como entrar na Escola Soka do Brasil. Hoje, após a separação de seus pais, a mãe tem um novo companheiro que o estima como a um filho e toda a família é integrante da BSGI. Victor foi aplaudido de pé pelo público emocionado.
“Teve dia em que só tinha um ovo a ser dividido entre cinco pessoas”, contou Bruno Marriel, de 17 anos, associado do Rio de Janeiro. Ele ajudava a mãe vender lanches e doces. As dificuldades financeiras eram imensas. A sua decisão de transformar esse aspecto de sua vida foi decisiva para que toda sua família também se decidisse a mudar. Seu pai conseguiu um emprego e sua mãe também em uma multinacional. Participou da última Academia com muita dificuldade. Para esta atividade determinou que participaria sem deixar pendências financeiras. Conseguiu. Venceu ainda a depressão, mal que o acometeu após a separação de seus pais.
Os bastidores
Nenhum grande evento acontece sem que haja por trás dos palcos, pessoas abnegadas e empenhadas em dar o seu melhor. Na BSGI estes grupos atuam com paixão pelo ideal de construir uma nova era de paz para todos os povos do mundo.
O coordenador nacional do Núcleo Estudantil, Cleiton Gentili, na reunião de encerramento, agradeceu a todas as comissões e grupos de apoio. “É por meio dessa dedicação aos estudantes que podemos mudar nossa sociedade de hoje. Que a emoção desse dia não seja momentânea, mas que a partir daquele momento tenham uma nova disposição e renovada decisão”.
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