O poeta Edson Cruz...
...a jornalista Luciene Silva...
... e o ator e rapper Thogun
Passada mais de uma década do novo século, ainda buscamos entender as diferenças. O que torna a humanidade ímpar é, sem dúvida, sua incrível, rica e enriquecedora diversidade. A filosofia humanística do budismo Nitiren baseia-se nesse princípio e ainda dá o complemento que falta: indivíduos diferentes sim, mas com um objetivo e um sentimento comum – a paz! Eis a diretriz que direciona as ações da BSGI há mais de seis décadas. O respeito às diferenças é o que enriquece esta organização e o que a torna ímpar em todo o mundo da SGI, composta por cerca de 192 países e territórios, com mais de 15 milhões de associados.
O poeta Edson Cruz é associado da BSGI há quase 20 anos. Desde que iniciou, vem trilhando uma carreira brilhante e reconhecida no cenário literário nacional. Seu blog Musa Rara é palco de um dezenas de escritores que buscam difundir o fazer poético e literário para os interessados na arte das letras. Há alguns anos é o idealizador e o curador do projeto O que é a poesia?, que convida outros poetas a responder a pergunta-título. No domingo, 18 de novembro, Edson recebeu o poeta Ferreira Gullar na Casa das Rosas, espaço cultural da Secretaria Municipal de Cultura do município de São Paulo reservado às artes literárias. Foi a primeira vez que Gullar – considerado o maior poeta vivo da língua portuguesa – esteve neste espaço público.
Durante o encontro, Gullar e Cruz dialogaram sobre a visão de ambos sobre o que é poesia e quais são as características de seu modo de produção poética, tendo como ponto de partida a própria experiência e as obtidas com os primeiros contatos dele com a leitura e a poesia, descobertas marcantes em sua trajetória literária.
O que é a poesia? é resultado do convite que Cruz fez a poetas de várias linhagens para que eles refletissem sobre o fazer poético e que acabou se transformando em livro. Divulgar a diversidade de modos de produção da poesia é um dos objetivos do projeto e uma das missões da Casa das Rosas. A vinda de Ferreira Gullar corrobora a intenção, uma vez que já passaram pelo ciclo de diálogos, realizados desde maio de 2012, os poetas Augusto de Campos – o primeiro convidado – Ricardo Corona, Affonso Romano de Sant'Anna, Francisco Alvim, Carlos Felipe Moisés e o poeta português Ernesto de Melo e Castro.
Luciene da Silva Santos é carioca e viveu em comunidades até os 20 anos. Conheceu a BSGI quando vivia no Complexo da Maré, onde nasceu. Atuou também no Complexo do Alemão. Na década de 1980 não haviam projetos como os que se veem hoje voltados para estas regiões. “Se não fosse a BSGI eu não teria perspectiva de vida. Cada conquista, cada realização, devo aos direcionamentos recebidos nesta organização”, explica. Foi com base em sua experiência pessoal e tudo o que vivenciou na BSGI que ela decidiu elaborar seu projeto de mestrado.
Graduou-se em jornalismo e, com base em sua vivência pessoal, elaborou seu projeto de mestrado, no Programa EICOS – Pós-Graduação em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social, da UFRJ. Luciene espera ser aprovada neste programa para cursar a pós. A temática está focada na história de jovens mulheres que superaram suas dificuldades e atuam na sociedade tendo como referência os direcionamentos da BSGI / SGI e a prática da filosofia humanística do budismo Nitiren. Embora ainda não tenha ingressado no programa de pós-graduação, sua pesquisa (que iniciou-se na monografia de conclusão de curso na graduação) foi selecionada para o projeto Universitários pela Paz, uma parceria do Laboratório de Direitos Humanos da UFRJ com a ONU. Pessoas de vários estados do Brasil e outros países da América Latina se inscrevem para participar e formar uma turma de 50 universitários. “Minha justificativa foi o tema da minha monografia (Lei 11.645/08, educação e interculturalidade), por boa sorte 2011 foi o Ano Internacional do Afrodescendente e o curso trabalharia as questões de Etnia, Gênero e Raça”, ressalta.
Uma cara conhecida das telinhas e telonas brasileiras, Thogun (Sérgio Andre Teixeira) é compositor, rapper, ator, diretor e preparador de atores. Carioca de Cavalcanti, Zona Norte do Rio de Janeiro, é associado da BSGI. Inspirado nos ideais da filosofia humanística do budismo Nitiren, compôs o rap Revolução Humana, “Todo dia desafios / sem sempre percebendo / Vidas por um fio”, é o refrão.
O jeito manso e bonachão de Thogun encanta os que o encontram. O incansável Thogun está tanto na telinha como nas telonas em diferentes papéis. Recentemente estreou na nova série teen da TV Cultura Pedro&Bianca, sob direção de Cao Hamburger, O personagem de Thogun é Edison pai dos protagonistas, casado com Zuzu (Gorete Milagres), e os irmãos gêmeos Pedro (Giovanni Gallo) e Bianca (Heslaine Vieira) são seus filhos. Bianca é negra e Pedro, branco (foto). As cenas estão sendo gravadas em São Paulo. Na telona está no elenco de Dois Coelhos e em A Montanha.
O humanismo sempre foi ideal constante, desde quando vivia no Rio e desenvolvia trabalhos nas comunidades. Começou na série da HBO Filhos do Carnaval e uma indicação ao Academy Awards, como Melhor Ator Latino. Isso tudo também rendeu aprendizado, e se potencializou. “São oito anos de carreira e 25 filmes, fora participações em TV”, conta.
O que norteia toda essa diversidade? Quais são as ideias que permeiam essas trajetórias sempre marcadas pela ousadia e criatividade? Um trecho de um discurso do filósofo e presidente da SGI, dr. Daisaku Ikeda esclarece esse ponto:
“Saia em busca de sua identidade! Saiba quem é de verdade! Aí jaz a fonte da felicidade e o caminho da esperança. Sejam autênticos e vivam suas próprias vidas. Criem cada vez mais mudanças positivas e empreendam incessantes esforços para consolidar a felicidade."
Eis o caminho trilhado por cada um dos associados da BSGI em cada dia vivido em consonância com seus ideais e consciências!
