Uma simples árvore seca na entrada do recinto foi alvo de um sem número de atenções no projeto Sementes da Mudança: a Carta da Terra e o potencial humano, realizado de 18 a 23 de março no CEU Uirapuru (bairro do Butantã em São Paulo-SP). Com uma visitação recorde de quase 7 mil pessoas, o projeto foi focado principalmente no público escolar – crianças e jovens – em que, cada qual à sua maneira, deixou nos galhos desta árvore seus sonhos e esperanças para o futuro. “O que era apenas uma árvore seca, tornou-se um presente e um ensejo”, conta Pedro Segawa, associado da BSGI e idealizador da dinâmica da Árvore da Esperança.
O objetivo do projeto Sementes da Mudança é proporcionar ao público escolar da capital paulista uma vivência sensorial real e esclarecedora, por meio das atividades que contam com a monitoria do alunado da escola anfitriã, comunidade e associados da BSGI local.
Foi assim que, na semana que antecedeu a abertura oficial no dia 18, associados e professores iniciaram os preparativos, realizando o treinamento dos monitores. Cerca de 270 alunos capacitaram-se nesta fase inicial e, ao final no último dia, foram agraciados com certificados de participação.
Totalmente focado nos objetivos da Carta da Terra e nos princípios da Agenda 21, o projeto vem sendo sediado nos diversos CÉUS – Centros Educacionais Unificados – da capital paulista, desde 2010, e tem o apoio e orientação da Carta da Terra Internacional.
A instalação artística Árvore da Esperança superou as expectativas dos organizadores pois além de oferecer ao público um meio de expressar seus anseios, despertou em todos emoção e esperanças reais quanto ao verdadeiro significado do projeto.
Ao longo da semana, milhares de estudantes tiveram a oportunidade de participar em uma agenda totalmente repleta e ininterrupta. “A idéia de implementar a Árvore da Esperança surgiu quando discutíamos durante os preparativos com os coordenadores de ensino sobre a conveniência de estimularmos os alunos-visitantes a manifestarem suas emoções e opiniões ao término das atividades”, esclareceu Segawa.
Alguns dos depoimentos depositados na Árvore:
• "Não posso mudar o mundo todo, mas fazendo a minha parte, o mundo terá uma grande diferença. Obrigada.” (Pam)
• "Vamos todos juntos lutar por um só objetivo, cuidar da nossa natureza. E cuidar da natureza é compromisso de todos por um amanhã melhor!” (Aroldo)
• "Noooossa, foi ótimo! Foi D+! Eu adorei o jeito que as mulheres me trataram com total dedicação e carinho! Amei tudo! Obrigada!” (Tailania)
• "Aprendi que somente quando a humanidade acabar com as matas, os bichos e poluir todas as águas entenderá que dinheiro não se come. A exposição me surpreendeu, gostei muito. Obrigado! (Anônimo)
• "Eu senti a textura das plantas, terra e objetivos e por onde fui andando fui sentindo a mudança da natureza. Cheguei bem pertinho da realidade em que nos encontramos e o maior sentimento foi no meu coração." (Anônimo)
• "Fantástica a trilha em que vivenciamos a natureza. Que idéia importante neste tempo em que a natureza está sendo tão esquecida. Parabéns pela iniciativa!" (Anônimo)
Projeto Sementes da Mudança
O projeto da série de exposições SEMENTES DA MUDANÇA: A CARTA DA TERRA E O POTENCIAL HUMANO foi criado pela Soka Gakkai Internacional (SGI) e pela Earth Charter International (Carta da Terra Internacional), sendo apresentada pela primeira vez na Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, em Joanesburgo, África do Sul, em 2002.
É organizada em torno dos quatro princípios gerais defendidos na CARTA DA TERRA (elaborada pela Comissão Mundial das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, em 1987):
1) respeito e cuidado com a comunidade da vida;
2) integridade ecológica;
3) justiça social e econômica;
4) democracia, não-violência e paz.
O projeto recebeu versões nos seguintes idiomas: inglês, espanhol, chinês, italiano, francês e recebe agora sua versão em português.
Sobre a Agenda 21
Trata-se de um conjunto de resoluções formuladas democraticamente ao longo da Conferência Internacional Eco-92, realizada há vinte anos, na cidade do Rio de Janeiro entre 3 e 4 de junho de 1992. Sua organização esteve a cargo da ONU – Organização das Nações Unidas – e contou com a participação de representantes de 179 países. O objetivo foi elaborar um conjunto de medidas para conciliar crescimento econômico e social com a preservação do meio ambiente. Na Agenda 21 cada país definiu as bases para a preservação do meio ambiente em seu território, possibilitando um desenvolvimento sustentável e harmonioso com o planeta.