01 de January de 2012

O poeta da floresta fala sobre o humanismo

Agora sei quem sou. Sou pouco, mas sei muito, porque sei o poder imenso que morava comigo, mas adormecido como um peixe grande no fundo escuro e silencioso do rio e que hoje é como uma árvore plantada bem alta no meio da minha vida. Thiago de Mello


A jornalista aproxima-se do poeta e pede a ele que conte um pouco sobre a sua admiração pelo também poeta e filósofo Daisaku Ikeda. “Eu posso dizer que minha vida se enriqueceu muito a partir do momento que me tornei leitor de suas propostas de paz”, inicia o poeta. Com sua calma solene e introspectiva, Thiago de Mello, do alto de seus 85 anos, enfatiza que “a importância do pensamento vivo de Daisaku Ikeda e de sua luta incansável pela construção de uma sociedade humana solidária o torna um dos mais importantes pensadores desta época”. Esta rápida entrevista se deu durante o I Fórum de Educação Humanista, realizada no Centro de Estudos e Projetos Ambientas da Amazônia – Cepeam – no último dia 16 de dezembro, onde o poeta foi um dos palestrantes convidados. Desde que conheceu o pensamento e as propostas humanistas de Daisaku Ikeda, o poeta Thiago de Mello percebeu que encontrara no pacifista japonês, um igual, mais até. Um guia a quem seguir e confiar. “Suas palavras trouxeram um novo alento à minha vida!”, conta. O pensador budista vem redigindo anualmente propostas de paz endereçadas à ONU, desde 1983. Todos os anos suas palavras são lidas, estudadas e refletidas por milhões de pessoas, de todas as origens, formações e etnias, em todo o mundo. O Poeta da Floresta é uma delas. “Minha luta pela floresta é também a luta de Daisaku Ikeda”, enfatiza Thiago. Thiago de Mello nasceu em um dos mais verdes locais do planeta. O ano: 1926. Foi numa manhã de muito calor que nasceu Amadeu Thiago de Mello, que mais tarde viria a ser o conhecido apenas como Thiago de Mello, o Poeta das Floresta. Bem cedo percebeu que havia em si uma inquietude, um desassossego que o levava a buscava alçar possibilidades literárias diferenciadas e que lhe trouxessem paz e reflexão. Aos 25 anos, já morador da então capital federal Rio de Janeiro, lança o livro que o elevaria à categoria dos grandes poetas: Silêncio e Palavra arranca além de aplausos, espanto. Álvaro Lins, Tristão de Ataíde, Manuel Bandeira, Sérgio Milliet e José Lins do Rego são somente alguns dos que fazem coro e, entusiasmados, proclamam o talento e vigor do novo grande poeta. Segue-se a consagração e, mais tarde, o desterro devido a força de seus versos, um dos legados funestos da ditadura militar. O exílio lhe trouxe amadurecimento e sua poesia ganha a energia da indignação. Um de seus poemas mais célebres, Estatutos do Homem, escrito em Santiago do Chile em 1964, já foi traduzido para mais de 30 idiomas. É um libelo de louvor à liberdade e a beleza, do homem e da natureza.


Artigo Final. Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio, e a sua morada será sempre o coração do homem.


De volta ao Brasil, em 1978, já é um reconhecido defensor dos direitos humanos e um intransigente combatente pela preservação da floresta, não só a Amazônica, mas de todas as que restam. Sua luta permanece e é no homem Daisaku Ikeda que ele deposita sua mais profunda admiração e respeito. Na dedicatória escrita em livro traduzido por ele, pouco antes desta entrevista, ele verbaliza este sentimento: “pela sua amorosa luta a serviço do bem da humanidade e por suas palavras que iluminam a minha vida”, Thiago deixa claro que a sua luta é a luta do também poeta Daisaku Ikeda. “O caminho que o mestre Ikeda escolheu trilhar é o caminho de todo ser vivente do planeta. Ouçam o clamor e honrem seu legado!”, bradou por fim o Poeta da Floresta.

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