Roda de conversa com os palestrantes
A jornalista Elizangela Marques
Márcia Nicolau apresentou seu blog Impressões Humanas
Monique Volter: protagonismo e empoderamento de jovens
O que é a comunicação para a paz? De que forma os comunicadores podem contribuir efetivamente para a construção de uma verdadeira e perene cultura de paz? Quais são os processos envolvidos nessa construção? Essas e outras perguntas foram amplamente abordadas e respondidas pelo professor doutor da Escola de Comunicações e Artes da USP, Edvaldo Pereira Lima em sua palestra no 1º Seminário de Comunicação para a Paz, promovido pelo Departamento de Comunicação (Decom) da BSGI, no último dia 13 de outubro. O tema do encontro foi A importância da comunicação não-violenta na construção de um mundo mais humano.
O evento reuniu associados, convidados, comunicadores e estudantes da área interessados em conhecer mais sobre o tema, bem como as iniciativas práticas de pessoas que estão realizando grandes ações e promovendo pragmaticamente a comunicação não-violenta.
Cerca de 450 pessoas assistiram ao seminário que contou ainda com a participação dos grupos: Banda do Departamento dos Artistas da BSGI, coral infantil Esperança do Mundo e do grupo de jovens instrumentistas do Núcleo de Desenvolvimento para a Orquestra, ligado à OFBHI – Orquestra Filarmônica Brasileira do Humanismo Ikeda.
Três apresentações de ações concretas realizadas por associadas da BSGI abriram o seminário. A jornalista Elizangela Marques apresentou a comunicação para a paz promovida pela BSGI. Sua monografia de pós-graduação recebeu nota máxima devido o excelente conteúdo apresentado. Já a jornalista Márcia Nicolau apresentou o blog de sua autoria Impressões Humanas (http://www.impressoeshumanas.com.br/), cujo objetivo é dar cor e forma a vidas de personagens grandiosos, embora anônimos. E, finalmente, do Rio de Janeiro, a produtora cultural Monique Volter apresentou suas ações realizadas como gerente de projetos no Observatório de Favelas. A missão da ONG é produzir conhecimento e proposições políticas sobre as favelas com o objetivo de empoderar seus habitantes para que sejam protagonistas de suas vidas. “Na prática, buscamos dar uma ressignificação às favelas, inseri-las na cidade, como espaços urbanos com uma cultura e uma estruturação próprias e valorosas”, explicou Monique.
“Seja o comunicador que vai mostrar a realidade humana da favela de uma maneira nobre; que vai trazer dignidade ao ser humano por contar a história dele de uma maneira humana; aquele que não vai ficar limitado às bobagens das celebridades, aos comportamentos estranhos, excêntricos; mas vai tocar na manifestação dos valores humanos mais amorosos no dia a dia. Que enxerga a pessoa anônima, o ato compassivo, o gesto nobre...”, reafirmou o professor da USP em sua palestra sobre o papel do comunicador da paz, complementando as falas anteriores.
Edvaldo elencou uma série de tarefas do educador, contou histórias, exemplificou e dignificou a plateia com sua oratória ímpar (íntegra da palestra em http://www.bsgi.org.br/noticia/144/).
Segundo ele, o comunicador tem a função de contar histórias de vida engrandecedoras para quebrar a estranheza do público para tudo que é novo e diferente. Ao fazer isso, este profissional está contribuindo para que a humanidade tenha uma observação mais acurada da realidade da vida, oferecendo o que ele chamou de “gotinhas de inspiração”, para o direcionamento do olhar, para aquilo que nós todos desejam e precisam: reencontrar o divino em tudo e em cada um de nós. O que ele chama de divino, nós chamamos de Estado de Buda. Seguiu-se uma roda de conversa mediada pela coordenadora do Decom, Vera Golik
Ao final do evento, o vice-presidente da BSGI, Antônio Nakamura, agradeceu as palavras do professor e ressaltou que todos são comunicadores, à medida que comunicam-se uns com os outros. E que, a partir desse evento, cada um deve manter o espírito de desfrutar a felicidade pelo autoconhecimento, mantendo firme a missão de produzir uma comunicação que traga o bem à humanidade e ao planeta.
Voltar para o topo