Público aprecia a mostra "Sementes da Esperança"
A cidade do Rio de Janeiro foi o palco de mais uma Conferencia das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. Denominada informalmente de Rio+20, por acontecer exatamente 20 anos depois da Rio’92, o saldo positivo advém das entidades da sociedade civil organizada que deslocaram-se para a Cidade Maravilhosa para marcar presença, trocar ideias, debater e empoderarem-se. A abertura se deu no dia 13, com múltiplas atividades, visando a reflexão e a conscientização. A Soka Gakkai Internacional – SGI – participou novamente e desta vez trouxe a exposição Sementes da Esperança – Visões de sustentabilidade, passos para a mudança; produziu o vídeo documentário Cultivando Sementes de Esperança na Amazônia; promoveu palestra do diplomata Sergio Duarte, que foi o responsável pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Assuntos de Desarmamento, no Centro Cultural do Rio de Janeiro da BSGI; participou de evento da Carta da Terra Internacional; e promoveu a mesa de debates O Futuro, Nós criamos, que aconteceu no dia 20, às 19h, no RioCentro e que reuniu um grupo interdisciplinar para debater a educação para a sustentabilidade. (Leia matéria completa sobre esta mesa, neste portal)
Exposição
Mirian Vilela, brasileira radicada na Costa Rica e diretora executiva da Carta da Terra Internacional proferiu palestra na inauguração da exposição Sementes da Esperança – Visões de sustentabilidade, passos para a mudança. Segundo ela, a mostra “é um instrumento de educação transformadora”. Ela ressaltou que organizações como a SGI são fundamentais para que as visões do bem comum preconizadas pela Carta da Terra sejam utilizadas como instrumento de transformação, conscientizando e educando.
A exposição ficará aberta à visitação no Planetário do Rio de Janeiro até o dia 15 de julho. A visitação é gratuita.
“Tenho a honra em trabalhar em parceria com a BSGI pelo segundo ano consecutivo. Por meio dessa relação iniciada em 2011, surgiu um sentimento de confiança mútua tanto da BSGI quanto do Planetário, pois somos bons parceiros, além de termos os mesmos ideais: construir um futuro melhor para as crianças”, enfatiza o presidente da Fundação Planetário, Celso Cunha.
Ele afirma o compromisso da instituição com a educação e a importância de uma mostra como essa refletir esse mesmo sentimento. “O Planetário realiza 400 mil atendimentos por ano, sendo 360 mil crianças. E elas são as nossas sementes que precisamos cuidar da melhor forma possível para transmitir esses valores. Fico muito feliz pelo fato do Planetário sediar pela primeira vez a vinda da exposição ao Brasil. Foi um casamento perfeito, a mostra ter vindo para o Rio de Janeiro durante a Rio+20, falando sobre planetas aqui na casa dos planetas que também é a morada das crianças que são as nossas sementes”, ressalta Cunha.
Empoderamento para transformar
Como parte da agenda de atividades da comitiva da SGI presente à Rio+20, o coordenador do Departamento de Programas de Assuntos pela Paz, Nobuyuki Asai, representou a entidade no evento da Carta da Terra Internacional, no dia 13, e discursou sobre o artigo do Dr. Daisaku Ikeda, presidente da SGI, redigida especialmente para a Rio+20, intitulada “Para a Sociedade Global Sustentável: Aprendizagem para Empoderamento e Liderança”. Nela Ikeda conclama todos os cidadãos do mundo a buscar seu próprio empoderamento para transformar sua casa, seu entorno, sua comunidade e, assim, mudar radicalmente o planeta.
Já a SGI, uma ONG filiada à ONU e presente em 192 países e territórios tem como premissa quatro atividades básicas: o movimento mundial pela extinção das armas nucleares, educação para uma vida sustentável, educação sobre direitos humanos e diálogo entre religiões. E os primeiros três têm enfoque total na educação.
“Não existe no mundo, um evento como esse [Rio+20] em que muitas ONGs participam ativamente. Após a Eco’92, não houve grande avanço nos itens propostos”, pontuou o vice-presidente da Soka Gakkai e diretor do Departamento de Assusntos pela Paz, Hirotsugu Terasaki. Ele ressalta que após vinte anos o objetivo deste evento é verificar os pontos colocados em prática. E destaca que o pilar da proposta do presidente da SGI, dr. Daisaku Ikeda, Por uma sociedade global sustentável, redigida especialmente para a Rio+20, é o empoderamento. “[A proposta] Instiga cada cidadão a exercer a liderança, atuando na sua localidade e fazendo com que suas atividades do cotidiano contribuam com a transformação do planeta”, explica.
Palestra no Centro Cultural do Rio de Janeiro
O diplomata brasileiro, Sérgio Queiroz Duarte – ex-representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para Assuntos de Desarmamento – proferiu a palestra: Diplomacia Multilateral e Sociedade Civil no Campo do Desarmamento, sobre o papel da sociedade civil na promoção da paz e do desarmamento por meio da cultura e educação, no dia 19, terça. O evento fez parte das atividades da SGI na Rio+20, e aconteceu no dia 19, no Centro Cultural do Rio de Janeiro (CCRJ).
O diplomata contou sobre a sua experiência na diplomacia multilateral, onde atuou como embaixador brasileiro e como oficial das Nações Unidas, nas áreas de desarmamento e controle de armas. Ponto alto da palestra foi quando ressaltou o papel da sociedade civil, em especial, de grupos de base religiosa, na promoção da paz e do desarmamento por meio da cultura e educação.
“A paz e o desarmamento são cruciais para o nosso futuro. Estou convencido que se a humanidade não levar a sério as questões ambientais, a vida na Terra como conhecemos acabará em poucas décadas, porém se não levarmos com seriedade a questão do desarmamento nuclear, a vida na Terra como conhecemos pode acabar em poucos segundos. Tenho observado os esforços da SGI para estabelecer uma cultura de paz por meio da educação e essa cultura de paz deve ser transmitida a todas as organizações e pessoas”, finalizou Duarte.
Fonte: Portal BS - http://www.brasilseikyo.com.br/
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