02 de June de 2017

Um passado de glórias

A história do passado determina o presente que se descortina neste momento!

Uma das capas do jornal Nova Era

Júlio Kosaka: "Naquela época nós tínhamos que fazer, além da função, muitas outras coisas"

Georgete: “A gente só pensava no jornal, no quanto os companheiros que leriam ficariam felizes”

Desde o lançamento do jornal Nova Era em maio de 1965, muitas são as histórias de fatos, eventos, pessoas. Todas têm em comum um grande ideal: ajudar a construir uma organização humanística por meio de seu conteúdo jornalístico-literário. Mas, no início, era somente o jornal.


O Nova Era circulou somente um ano e tinha apenas quatro páginas. As primeiras edições eram mimeografadas à álcool, uma das quais em japonês, já com periodicidade semanal. Seguiu até a segunda visita do presidente da SGI, dr. Daisaku Ikeda em 1966 – foi quem sugeriu o nome Brasil Seikyo – e é até hoje o grande veículo disseminador de humanismo que possibilitou a BSGI sair de umas poucas centenas de associados para milhares!


“Ter um jornal próprio é um triunfo e uma fonte de força extraordinários. A Soka Gakkai também precisa ter seu próprio jornal um dia. Daisaku, gostaria que você começasse a pensar nisso visando ao futuro”, foram as palavras de Josei Toda, segundo presidente da Soka Gakkai ao então jovem Daisaku Ikeda quando estava reconstruindo a organização de seu mestre Tsunesaburo Makiguchi, no pós Segunda Guerra. Na época era algo até utópico, pois a nação encontrava-se em absoluta miséria econômica e principalmente espiritual.


Hoje, passadas décadas desse longínquo momento, a SGI está presente em 192 países e territórios e seus mais de 12 milhões de associados contam cada qual com seus veículos de comunicação em cada país.


Partícipe dessa história, o atual presidente da BSGI, Julio Kosaka, foi fotógrafo do jornal Brasil Seikyo em seus anos iniciais. “Eu comecei como colaborador voluntário, logo que voltei do Japão pois tinha comprado uma máquina fotográfica”, inicia. Jovem e destemido, percebeu que gostava daquele ofício e investiu nele. Graças ao seu empenho, em 1971 tornou-se oficialmente funcionário.


“Naquela época nós tínhamos que fazer, além da função, muitas outras coisas. Eu ajudava na parte japonesa também”, explica o presidente da BSGI. Todos os funcionários da editora desempenhavam outras funções e o faziam com alegria pois ardia em seus corações, a paixão pelo ideal humanístico.


Georgete Uno era uma jovem de 20 anos quando começou a atuar no jornal. Mesmo sem qualquer experiência no setor, executava suas tarefas com satisfação. “A gente ia às reuniões nos finais de semana e depois voltava para a redação e escrevia, geralmente no domingo. Era quando aconteciam também as reuniões de pauta”, ressalta. Georgete conta que era um ambiente de muita camaradagem. O salário era pequeno, mas ela sabia que estava construindo a história e que seria causa para acúmulo de imensa boa sorte no futuro.


No dia da expedição, todas as semanas, não apenas os funcionários da editora colaboravam, mas todos os demais trabalhadores da BSGI. “Era preciso agilidade para empacotar tudo e sair para a entrega”, argumenta Georgete.


“Eu era um que de sexta até às 13 horas do sábado, entregava os pacotes nos núcleos de bairro de São Paulo”, conta Julio Kosaka. Depois de encerradas as entregas saia para fotografar as atividades.


A parte japonesa era feita da seguinte forma: o então presidente da BSGI, Roberto Saito, escolhia as notícias do Seikyo Shimbum (jornal da Soka Gakkai do Japão) e estas eram levadas ao local em que seriam compostas (redigitadas) para diagramação. A função do jovem Júlio era revisar tudo e, se houvessem erros, levar de volta para retificação. Depois, as tiras eram literalmente coladas em grandes folhas de papel milimetrado próprias para esse fim, para só então serem fotografadas e transformadas em fotolitos para a gravação das chapas de impressão. Fazer jornal nos anos 1970, 1980 até o final dos anos de 1990 era um verdadeiro quebra cabeças!


Georgete também participava da colagem das tiras. “Quando sobrava espaço a gente tinha que pensar em alguma coisa. Muitas vezes a gente colocava florzinha no final da coluna...!”, diverte-se.


O dia de fechamento do jornal até hoje é a quarta feira. Porém, naquela época, varavam a noite. A jovem Georgete conta que sentia-se recompensada por estar realizando um trabalho que beneficiaria milhares de pessoas. “A gente só pensava no jornal, no quanto os companheiros que leriam ficariam felizes”, recorda.


Julio Kosaka também diz que se sente um privilegiado por ter vivido esta história. “Os anos que passei na editora foram importantes para me tornar a pessoa que sou hoje. Aprendi muito sobre o ofício, mas o verdadeiro aprendizado foi o de me tornar uma pessoa melhor”, encerra o atual presidente da BSGI.

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